Prossegue a guerra midiática contra Marcio Pochmann
Não será tão cedo que a mídia vai parar de bater em Marcio Pochmann; encasquetou que irá impedi-lo de gerir o IBGE. Birra ideológica. Confira, abaixo.
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Estadão
Dono de posições moderadas na economia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, brincou durante uma palestra em 2019 que não queria ser visto da mesma forma que Marcio Pochmann, economista heterodoxo com posições contestadas. Pochmann virou o personagem da semana após ser indicado à presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pelo governo Lula, sob protestos de colegas da área.
“Tenho impressão que às vezes o Marcos me olha e enxerga o Macio Pochmann. Não enxerga o Fernando Haddad. É um problema. O que eu faço para virar o Haddad aos olhos dele?”, disparou o hoje ministro, arrancando risos da plateia. A declaração foi dada em 2019, no lançamento do livro “O Valor das Ideias: Debate em Tempos Turbulentos”, de Marcos Lisboa e Samuel Pessoa.
O lançamento foi feito em debate no Insper, em São Paulo, com a participação de Haddad e de Renato Janine Ribeiro, professor universitário e ex-ministro da Educação no governo Dilma Rousseff (PT). À época, o ministro da Fazenda, que tinha sido derrotado por Jair Bolsonaro um ano antes na disputa pela Presidência da República, era professor da instituição de ensino.
Pela filiação partidária, Haddad sofria no passado resistências no mercado financeiro para conduzir a economia do País. Na outra ponta, enfrentava frituras no PT, por ser considerado muito concessivo às demandas do centro e dos investidores. Hoje, no entanto, o ministro é bem-visto no segmento e está em alta com o presidente Lula, que vetou as críticas nas fileiras petistas e vê no afilhado político seu sucessor.
Atualmente na presidência do Instituto Lula, Pochmann foi confirmado o próximo chefe do IBGE em um anúncio que rachou o governo, como mostrou a Coluna, por ofuscar a pauta econômica da Fazenda e enfraquecer a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a quem o órgão de pesquisas está subordinado . Entenda aqui o porquê.
Pochmann é um economista heterodoxo que fez uma gestão altamente ideológica quando estava no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele já criticou o Pix e defendeu alíquota de até 60% para o Imposto de Renda. Veja outras posições polêmicas do futuro presidente do IBGE.
Estadão