Recomeça a pressão sobre Lula por vaga no STF

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Foto: Sergio Lima/AFP

Sacramentada a indicação de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se depara com vários dilemas nas conversas sobre a próxima vaga que se abrirá na Corte. Segundo aliados, Lula está tendo de se equilibrar diante das pressões, que vão desde a escolha de uma mulher para a cadeira até os efeitos que a nomeação pode ter na articulação política do governo.

Segundo aliados, a questão feminina já se fez evidente nas negociações da reforma ministerial. A pressão para que Lula não reduza a cota de mulheres na Esplanada foi maior do que a antecipada inicialmente, de acordo com esses interlocutores. E é natural que ela se repita no caso do STF. A vaga que se abrirá no tribunal é hoje ocupada por uma mulher, a ministra Rosa Weber. Era também a cadeira dedicada a Ellen Gracie, primeira mulher a integrar o Supremo. Uma tese é que a indicação de uma mulher ajudaria Lula a sair desse processo em bom termos com outros cotados para a vaga. Há nessa lista nomes como como o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, Luís Felipe Salomão e Benedito Gonçalves. Apesar disso, tem quem ache que Lula terá de priorizar uma indicação política que lhe permita fazer um aceno ao Congresso. A indicação de Flávio Dino, por exemplo, abriria a vaga de Ministro da Justiça para uma recomposição. Já uma indicação como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, influenciaria diretamente a relação de Lula com o Congresso e com o PSD de Gilberto Kassab. Seria também uma espécie de retribuição. Para aliados de Lula, a agilidade do processo de condução de Zanin ao STF só foi possível graças ao apoio intenso do presidente do Senado.

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