Suíça vira contribuinte do Fundo Amazônia

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Itamaraty Brasil/Twitter

Representantes do governo da Suíça informaram nesta quarta-feira, 5, que o país contribuirá com doações para o Fundo Amazônia, voltado para o monitoramento e o combate ao desmatamento na floresta tropical. Em visita a Brasília para o Fórum Brasil-Suíça de investimentos, o conselheiro suíço das áreas de Economia, Educação e Pesquisa, Guy Parmelin, afirmou que as primeiras doações devem começar já nas próximas semanas, embora não tenha divulgado valores. “A partir de hoje, aprimoraremos nosso engajamento. Tenho o prazer de anunciar que a Suíça vai contribuir para o Fundo Amazônia. A primeira contribuição será nas próximas semanas. Queremos lançar essa parceria com o Brasil e outros países”, disse Parmelin. Criado em 2008, o fundo angaria doações da Noruega e da Alemanha e, neste ano, recebeu promessas de repasses dos Estados Unidos e do Reino Unido. Durante o primeiro ano do ex-presidente Jair Bolsonaro, os países suspenderam os investimentos após dois comitês que geriam os montantes serem extintos unilateralmente pelo governo. Apenas os valores já doados foram recebidos, sem que novos projetos fossem desenvolvidos.

A União Europeia (UE) também planeja entrar no rol de doadores do fundo. A VEJA, o comissário de Ambiente, Oceanos e Pesca do bloco europeu, Virginijus Sinkevicius, adiantou que “processos internos” estão em andamento e que a contribuição é um “chamado para toda a comunidade global vir e ajudar a solucionar essa questão [ambiental]”. A repórteres após o anúncio do governo da Suíça, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, reforçou o compromisso da atual gestão com o combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, representado na presença das Forças Armadas na região, e com o desenvolvimento sustentável. Ele aproveitou, ainda, para agradecer o conselheiro do país europeu pelos futuros aportes. “Muito importante para a recuperação da nossa Floresta Amazônica, [gostaria de] destacar a boa parceria econômica e as oportunidades de investimentos”, disse.

 

Parmelin também se encontrou com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Viera. Em nota, o Itamaraty afirmou que ambos trataram “do fortalecimento das relações bilaterais, da troca de visitas de alto nível, de comércio, cooperação educacional e do acordo Mercosul-EFTA”. Assinado em 2019, o tratado do maior bloco econômico da América Latina com a Associação Europeia de Livre Comércio gera uma receita anual de US$ 7 bilhões (cerca de 33 bilhões de reais). “O acordo Mercosul-EFTA é um instrumento-chave para reforçar ainda mais o potencial de cooperação entre nossos países”, explicou Parmelin.

Veja