Bolsonaro e capangas faturaram R$ 1 milhão com jóias
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A Polícia Federal calcula que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro faturaram cerca de R$ 1 milhão com a venda de presentes dados ao ex-presidente durante missões oficiais. Entre os objetos, estão um relógio Rolex, duas estátuas douradas – uma de barco e outra de palmeira – e um kit de joias que continha caneta, anel, abotoaduras e um rosário árabe.
No inquérito, a PF destaca que Bolsonaro recebeu os itens “na condição de chefe do Estado do governo brasileiro, em compromissos oficiais com representantes de outros países”.
Os objetos estão sob investigação da Polícia Federal que deflagrou uma operação nesta sexta-feira para apurar o esquema de comercialização dos bens dados ao Estado brasileiro. Entre os alvos de mandados de busca e apreensão, estão o general Mauro Lourena Cid; o ex-ajudante de ordens Osmar Crivelatti e o advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef.
Amigo de Bolsonaro, o general chefiou o escritório brasileiro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Miami, de 2019 ao início deste ano. Ele é pai do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Em janeiro deste ano, pai e filho trocaram mensagens com as fotos das duas estátuas recebidas por Bolsonaro. Os diálogos foram interceptados pela PF, que viu o reflexo do rosto do general em uma das imagens.
A PF suspeita que as esculturas investigadas foram dadas a Bolsonaro durante uma viagem oficial na cidade de Manama, no Reino do Bahrein, em novembro de 2021.