Bolsonaro já tem histórico de fuga da lei

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Foto: Alan Santos/PR

A cientista política Deysi Cioccari avaliou que é necessária a apreensão do passaporte de Jair Bolsonaro por conta do risco de o ex-presidente deixar o Brasil em meio às diversas investigações contra ele.

No final do mandato, ele saiu do país e ficou três meses fora. A apreensão do passaporte é perfeitamente compreensível e até necessária, visto o histórico. É mais uma questão de segurança e está dentro do jogo. A vitimização também é esperada. Se ele conseguir se candidatar, será uma bela narrativa a ser utilizada até na tentativa de transformá-lo em um mártir.
Deysi Cioccari, cientista política

Em participação no UOL News, Deysi analisou o discurso de vitimização de Bolsonaro como uma forma de manter sua imagem inabalada junto ao eleitorado. Para a cientista política, o ex-presidente reforça a tese do “nós contra eles” ao se mostrar como alguém perseguido pela Justiça, eleita como “inimiga”.

Essa vitimização acaba sendo necessária, principalmente para aquele eleitorado mais fiel. Durante os quatro anos de mandato dele, houve uma construção contra o Judiciário. No imaginário do eleitorado bolsonarista, o grande inimigo é a Justiça, que se volta contra ele neste momento. A narrativa vai tendo um fechamento como se esperava.
Deysi Cioccari, cientista política

Josias de Souza avaliou que a Polícia Federal já tem tantas evidências sobre o envolvimento de Mauro Cid no escândalo das joias que uma eventual confissão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro teria relevância reduzida para o caso. Para o colunista, o recuo do advogado sobre uma possível confissão de Cid tenta livrar o pai do tenente-coronel, mas a estratégia tende a fracassar.

Por ora, essa promessa de admissão do Mauro Cid em relação ao comércio do Rolex serve muito pouco aos interesses da PF. Isso já está absolutamente comprovado nos autos. Ele admitir ou não, isso não tem importância alguma para a PF. Mauro Cid já foi cercado nesta operação e também em relação a outras joias. Há excesso de provas.
Josias de Souza, colunista do UOL

Deysi Cioccari estranhou a mudança de postura do advogado de Mauro Cid com relação a uma possível confissão de seu cliente. Para a cientista política, Cezar Bittencourt aparenta certo “deslumbramento” por conta da notoriedade que ganhou ao assumir o caso, o que pode interferir e dificultar seu trabalho.

Ele é uma figura bem peculiar. Está gostando desse jogo de falar com a imprensa e mostrar que ‘tem o segredo do cofre’. Mas ele volta atrás em algumas declarações e isso tira um pouco da credibilidade dele. Até agora, pareceu haver um pouco de deslumbramento e vontade de aparecer do que, efetivamente, seriedade.
Deysi Cioccari, cientista política

Uol