Dino diz que Cid, pai e Wassef praticam corrupção “clássica”

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Foto: Reprodução

O ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a operação que tem como alvo Mauro Cid, do pai dele e de Frederick Wassef, advogado que já defendeu Jair Bolsonaro.

Dino citou que estudos mostram que a compra e venda de joias “é um caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro”. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão com o objetivo de investigar desvios de joias e outros bens de valor obtidos pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O ministro defendeu a importância das investigações: “Muitos veem como um crime ‘seguro’, que ficará escondido para sempre”, escreveu.

 

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o suposto esquema é “muita bandidagem”: “É muita bandidagem, há quem diga que essa transação de joias é clássica na lavagem de dinheiro”, escreveu.

Quando a gente acha que que já viu de tudo, fica sabendo que Mauro Cid, seu pai vendiam ilegalmente presentes oficiais. E pior, junto com os advogados de Bolsonaro tiveram que fazer um corre pra reaver o rolex e entregar pro TCU que tava cobrando.
Gleisi Hoffmann

Em operação batizada de Lucas 12:2, a Polícia Federal cumpre hoje mandados de busca e apreensão nos endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cesar Barbosa Cid, e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-presidente.

O nome da operação faz referência ao versículo bíblico que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal dentro do chamado inquérito das milícias digitais e são cumpridos em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ). Os fatos investigados configuram os crimes de peculato e lavagem de dinheiro, conforme a PF.

Desvio e venda ilegal. O objetivo é investigar desvios de joias e outros bens de valor obtidos pelo ex-ajudante de ordens em viagens oficiais no governo Bolsonaro e sua posterior venda ilegal no exterior.

Os investigados são suspeitos de usar a estrutura do governo brasileiro “para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, informou a PF.

Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados.

Procurada, a defesa do tenente-coronel Mauro Cid e do seu pai, o general Cid, não se manifestou sobre o caso.

Uol