Filho 04 tem, sim, onde ‘cair morto’

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Foto: Reproduçã/Instagram e Reprodução/Zap Imóveis/Guilherme Ramalho Imóveis

Alvo de busca e apreensão da Polícia Civil do Distrito Federal, Jair Renan Bolsonaro, o filho “04” de Jair Bolsonaro, vive atualmente em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. Com salário de auxiliar parlamentar acima de R$ 9 mil e apartamento avaliado em mais de R$ 1 milhão, o filho do ex-presidente, que também se dedica a conteúdo de dança nas redes sociais, mora a uma quadra da praia, em uma região badalada da cidade.

Com salário bruto de aproximadamente R$ 9,5 mil — cerca de R$ 7,7 mil com os descontos —, o quarto filho do ex-presidente passou a morar na cidade em março, para trabalhar como auxiliar parlamentar no escritório de apoio do ex-secretário de Pesca do governo do pai, o senador Jorge Seif (PL-SC).

Em Balneário Camboriú, o jovem mora em apartamento de três quartos com 90 m² e churrasqueira, localizado a uma quadra da Praia Central, a principal da cidade. O imóvel fica em um prédio baixo, com apenas nove apartamentos, um por andar, sem área de lazer, piscina ou vista para o mar. Em anúncios on-line, o valor de compra de imóveis no mesmo endereço varia entre R$ 1,3 milhão e R$ 1,6 milhão. Já o aluguel fica em torno de R$ 6,5 mil por mês.

Localizado no Centro, a dois quilômetros da cobertura do jogador Neymar, o apartamento de Jair Renan está na área que comporta alguns dos arranha-céus mais cobiçados da cidade. Com o metro quadrado mais caro do país, de R$ 11.876 mil, a região é conhecida pela vida agitada, com diversos bares e restaurantes.

Nas redes sociais, a vida de Renan também é movimentada. Como influenciador digital, ele opta por publicações polêmicas, com críticas políticas, ou com dancinhas, trocas de roupa e “trends” virais do TikTok. Em seu perfil no Instagram, o jovem tem mais de 660 mil seguidores e dezenas de memes em apoio ao pai.

A operação da Polícia Civil que teve Jair Renan entre os alvos, na quinta-feira, mira um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Os agentes cumpriram mandados em Brasília e em Balneário Camboriú.

O grupo é suspeito de formar uma associação criminosa para obter vantagens financeiras a partir da inserção de informações falsas em documentos que eram utilizados para fins diversos, como abrir contas, conseguir empréstimos e sonegar impostos.

O advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, afirmou em nota que “não obteve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão” que autorizou a busca e apreensão. “Renan informou estar surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido”, completou o defensor.

O Globo