GSI diz que PCC está ‘anos à frente’ das autoridades
Foto: Agência Brasil
Quando estava à frente do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), o general Gonçalves Dias, conhecido como GDias, impressionou-se com o centro de inteligência do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ao trocar mensagens por celular com o então chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura, em 25 de fevereiro, o general comentou uma reportagem do Metrópoles que destrinchou estratégias de inteligência da facção criminosa: “Sintonia restrita: veja como funciona o moderno centro de inteligência do PCC”.
A série de reportagens da coluna Na Mira mostrou as entranhas da facção criminosa e como funciona sua azeitada rede de comunicação.
Então chefe do GSI da Presidência da República, GDias não conteve seu espanto com o PCC: “Anos na nossa frente”, escreveu o general em resposta a Saulo.
O então chefe da Abin respondeu lembrando a “liberdade” dos criminosos.
“Sim. Mas eles podem tudo. Não precisam responder nem ao juiz nem ao controle externo”, disse Saulo.
“E têm grana”, retrucou GDias.
Saulo Moura concordou: “Exato”.
Tanto GDias quanto Saulo deixaram os cargos que ocupavam após a reestruturação promovida por Lula após o 8 de Janeiro.