Justiça solta bolsonarista que ameaçou Lula

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O fazendeiro Arilson Strapasson, que havia sido preso pela Polícia Federal em Santarém (PA) na quinta-feira (3/8) por ameaçar dar um tiro no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi liberado pela Justiça Federal na cidade. A liberdade provisória foi obtida durante audiência de custódia, acompanhada pelo suspeito ao lado de seu advogado, Renato Martins, na sexta-feira (4/8).

Para a Justiça, não existe razão para que a prisão seja mantida, uma vez que ainda não houve comprovação da ameaça. Apesar disso, o caso continua sendo investigado. O fazendeiro pode aguardar o processo em liberdade.

Para autorizar a liberdade, a juíza Mônica Guimarães determinou que Strapasson fique longe de Alter do Chão pelos próximos dias 10 dias, como medida cautelar. O fazendeiro tem imóveis no balneário e na região do Chapadão, onde a polícia fez operação de busca e apreensão.

O presidente passa o fim de semana no município paraense, após participar de evento em Parintins (AM) na sexta-feira (4/8). Na terça-feira (8/8), ele vai a Belém (PA) para a Cúpula da Amazônia.

O caso

A Polícia Federal (PF) prendeu o fazendeiro acusações de que ele teria proferido ameaças de morte ao presidente. O homem, que já foi garimpeiro, disse que cometeria o crime em Santarém (PA). Ele afirmou que daria um tiro na barriga do presidente

De acordo com investigação da PF, Strapasson foi comprar bebidas na quarta-feira (2/8) e questionou os presentes sobre onde o chefe do Executivo se hospedaria na cidade. “Segundo o próprio homem, ele teria participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção situado na cidade de Santarém (PA) durante 60 dias ininterruptos e que, inclusive, financiou a manifestação com R$ 1.000 todos os dias”, informou a corporação.

Por causa da ameaça, a segurança de Lula na região aumentou. E o presidente chegou a criticar o protocolo de segurança adotado para sua retirada do do aeroporto de Parintins, o Amazonas. O petista embarcou na manhã de sexta para a primeira agenda de uma viagem de seis dias pelo Norte do país.

“Quero pedir desculpa por ter demorado tanto pra vir aqui [em Parintins]. Tinha 20 anos que eu não vinha aqui. Eu desço no aeroporto, me colocam dentro de um carro blindado, vidro fumê, tinha insufilm e eu não consigo ver ninguém e ninguém me vê. Mulheres, homens e crianças na rua, fazendo um sacrifício enorme para olhar e conseguir enxergar a gente. Eu dentro de um carro, como se tivesse dentro de um presídio”, afirmou o petista.

Metrópoles