Lula chama Bolsonaro de “figura grotesca”

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Foto: Ricardo Stuckert/PR – Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar Jair Bolsonaro, ontem, no Rio de Janeiro. Além de dizer que o Brasil não pode eleger representantes como o ex-presidente, classificou-o como uma “figura grotesca” que “contava 11 mentiras por dia”.

“Acho que esse país pode votar em qualquer pessoa. Esse país só não pode votar em uma figura, como essa figura grotesca que foi o presidente de 2019 a 2022. Não é aceitável que um país alegre, que gosta de musica, de dançar, que tem esse povo maravilhoso, vote num mentiroso, num cara que contava 11 mentiras por dia, num cidadão que fazia fake news todo santo dia”, disse, na visita às obras do novo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Porto Maravilha, zona portuária da capital fluminense.

Segundo Lula, Bolsonaro “pregava o ódio, o desaforo, não educava e não incentivava ninguém a comprar um livro”. “Era só comprar arma, comprar arma e comprar arma. E quem compra arma nesse país são vocês? Não! É o narcotráfico, que, hoje, está muito mais bem armado do que a polícia de qualquer estado brasileiro. Esse país não podia dar certo”, lamentou.

O presidente defendeu o diálogo com governadores e prefeitos, independentemente da ideologia. “O ideal é que você faça parceria. Não importa de que partido seja. O que me interessa é que vou fazer investimento naquele estado em função da carência do povo”, assegurou.

Em agenda no Rio desde ontem, comenta-se nos bastidores que o maior objetivo dos compromissos de Lula é aumentar a popularidade na região. Campo Grande, por exemplo, foi o bairro que numericamente mais deu votos a Bolsonaro no Brasil.

Na obra do Anel Viário de Campo Grande, Lula e o prefeito Eduardo Paes fizeram uma brincadeira e recriaram a pose da cantora Anitta para a capa do single Girl from Rio. Os dois foram colocados em frente a um ônibus amarelo, no qual se lia no letreiro do itinerário do veículo “Lula From Zona Oeste”.

Também ontem, o presidente assinou uma medida que reduz os voos para o aeroporto Santos Dumont, no Centro da capital fluminense, atendendo a um pedido de Paes para a revitalização do aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão) — que passará a receber chegadas de Guarulhos, Confins e Brasília, num primeiro momento.

O Santos Dumont continuará atendendo os passageiros que vêm de São Paulo, Belo Horizonte e Vitória — no caso das partidas da capital do país, um projeto de lei será elaborado permitindo o desembarque no Centro do Rio de Janeiro.

Correio Braziliense