Lula peita Tarcísio e Zema

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Foto: Ricardo Stuckert/ Divulgação Presidência da República

O presidente Lula (PT) usou a sua transmissão semanal na internet para provocar os governadores oposicionistas de São Paulo e de Minas Gerais, respectivamente Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo), sobre recursos do Novo PAC para seus estados.

As declarações do presidente aconteceram durante o Conversas com o Presidente, na manhã desta terça-feira (29). Lula havia sido questionado pelo apresentador do programa sobre as suas próximas viagens.

Lula, por exemplo, cobrou a presença do bolsonarista Tarcísio em evento que realizará em São Paulo, para lançar projeto que vai contar com recursos do governo federal.

“Eu quero ver se na outra semana eu consigo ir a Minas Gerais e a São Paulo, para discutir os investimentos do estado de São Paulo. Vamos tentar fazer um ato, vamos tentar a participação do governo do estado. Se [Tarcísio] quiser participar, se não quiser participar, a gente fará o ato do mesmo jeito”, afirmou.

“Mas, como nós somos civilizados, nós vamos fazer e convocar o governador, porque é importante ele estar, porque os compromissos que nós vamos assumir são com eles também. Se vamos emprestar dinheiro do governo federal, do BNDES, para fazer a ferrovia Campinas-São Paulo, nós queremos que o governador esteja presente, afinal de contas é o estado de São Paulo que vai fazer”, completou.

Governadores estaduais puderam indicar até três projetos prioritários para serem incluídos no Novo PAC. O programa foi lançado na primeira quinzena de agosto, em um grande evento no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

A maior parte dos governadores estiveram presentes. Algumas das ausências foram justamente Tarcísio e Zema. O primeiro anunciou com antecedência que não participaria e que enviaria em seu lugar o vice Felício Ramuth. Zema, por sua vez, não se manifestou em nenhum momento sobre o convite.

Ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas passou nos últimos dias a marcar sua posição como oposição ao governo federal. No momento em que seu partido negocia a entrada no governo Lula, ele já anunciou que pode deixar a legenda se isso acontecer.

Na noite desta segunda (28), Zema participou de evento na Assembleia Legislativa que homenageou Bolsonaro, que virou cidadão honorário do estado. O governador mineiro aproveitou para afagar o ex-presidente.

Disse que, no governo passado, as portas dos ministérios “estavam abertas” e citou recursos para obras do metrô em Belo Horizonte. “Esses foram alguns dos motivos que o levaram a receber o título hoje”, afirmou. Acrescentou: “Éramos ouvidos com atenção de quem quer de fato alcançar soluções”.

Folha