Oposição usa CPI do MST como arma política

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Foto: Leandro Molina / Divulgação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST faz nesta terça-feira uma sessão para votar requerimentos. Entre os pedidos estão as convocações do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Edegar Pretto, e de Nelson José Grasselli, superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio Grande do Sul.

Os três convocados são filiados ao PT. O colegiado é controlado pela oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma ação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) inflamou os trabalhos da comissão. O grupo promoveu uma nova invasão a uma área da Embrapa em Pernambuco.

De acordo com o deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da CPI, o episódio vai servir como um dos argumentos para pedir a prorrogação da CPI por mais 60 dias, requerimento que também vai ser votado nesta terça, além de ser algo considerado na hora de elaborar o parecer.

Além de Teixeira e Pretto, que costumam defender as pautas do MST, a CPI mira em Nelson José Grasselli pelo fato de que ele colocou em seu currículo como experiência profissional ter participado da ocupação que deu origem ao MST. Ademar Pretto, irmão de Edeggar, também tem um pedido de convocação por conta da relação com a cooperativa Terra Livre, ligada ao MST.

A expectativa é que o primeiro depoimento aconteça na próxima quinta-feira, quando a comissão deve ouvir o sindicalista José Rainha, que já foi um dos líderes do movimento pelos direitos dos sem-terra. Na próxima terça-feira, o relator quer ouvir o ministro do Desenvolvimento Agrário.

O Globo