PF deve acarear Silvinei e Torres por episódio na Bahia

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O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília na tarde desta quinta-feira, 10, para prestar depoimento na investigação sobre suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno das eleições 2022. O aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso em Florianópolis nesta quarta, no bojo da Operação Constituição Cidadã.

Como mostrou o Estadão, os investigadores vasculharam endereços de Silvinei e apreenderam seu celular em busca de mensagens e documentos que tratem sobre reuniões das quais o ex-chefe da PRF participou às vésperas do segundo turno do ano passado.

A Polícia Federal tenta esclarecer a dinâmica de uma reunião que aconteceu no dia 19 de outubro de 2022, onze dias antes do segundo turno. Naquele dia, segundo Silvinei, foi realizada uma reunião do Conselho Superior da Polícia Rodoviária Federal sob o pretexto de votar uma resolução acerca da prática de educação física. Na reunião, estavam diretores, superintendentes e todos os coordenadores gerais e foi proibido o uso de celulares.

Mensagens trocadas em tal data entre o policial rodoviário federal Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de análise de inteligência da PRF, e o então diretor de inteligência Luís Carlos Reischak Júnior chamaram a atenção dos investigadores.

O diálogo indica ‘orientação de uma ação ostensiva a ser realizada no dia 30 de outubro (segundo turno), chamando a atenção um trecho no qual mencionam abordagens de “ônibus que levam passageiros de São Paulo para o Nordeste”’.

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No mesmo dia, Reischak Júnior ainda relatou a Adiel que acompanharia Silvinei em uma reunião com o então ministro Anderson Torres. Na mesma data, a delegada Marília Alencar – com quem a PF encontrou fotos e planilhas que fizeram avançar a investigação da Constituição Cidadã – esteve em reunião com Torres até as 20h37, diz a PF.

A suspeita é a de que, naquele dia, após a reunião do Conselho Superior da PRF, teriam se reunido no gabinete do ministro da Justiça, Torres, Marília, Silvinei e Reischak Júnior.

Estadão