PT rejeita candidato “muito de esquerda” à PGR

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Luca Valério/Divulgação

O nome do subprocurador Antonio Carlos Bigonha, um dos cotados para suceder Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República (PGR), tem ganhado resistência na ala mais pragmática do PT. Ele é próximo a advogados do grupo Prerrogativas, que já emplacou algumas indicações no governo Lula.

O primeiro ponto negativo de Bigonha, para parlamentares, é ser classificado como militante ou muito à esquerda. O perfil buscado para PGR é de um conciliador, que não prejudique aliados, mas também não atue ostensivamente contra adversários quando chegar ao cargo.

A previsão é de que um perfil muito à esquerda vá gerar resistência no Senado, especialmente na bancada do PL, de oposição, no momento de aprovação do nome. Mas a maior preocupação é com a atuação na própria PGR, que pode gerar desgastes desnecessários.

Além disso, embora não esteja entre os escolhidos pelos integrantes do Ministério Público Federal (MPF) na lista tríplice de indicados à PGR deste ano, Bigonha também é visto como corporativista. Já presidiu a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), responsável pela elaboração da lista, e sempre esteve alinhado à classe.

A escolha é pessoal de Lula, e Bigonha tem apoiadores o suficiente no PT para estar entre os cotados. Pelos motivos acima, porém, o vice procurador-geral eleitoral Paulo Gonet segue como favorito para substituir Aras.

Metrópoles