Repúblicanos não substitui deputados na CPI do MST

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Em meio às negociações com o governo Lula (PT) por ministério, o Republicanos chegou a uma sessão chave da CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) sem substituir os deputados retirados do colegiado. O partido manteve o esvaziamento durante o depoimento de João Pedro Stédile, líder do movimento social, que presta esclarecimentos nesta terça-feira.

Há exatamente uma semana, o líder da bancada Hugo Motta apresentou ofício ao presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) solicitando a substituição de dois parlamentares bolsonaristas — Messias Donato (ES) e Diego Garcia (PR). As novas nomeações ainda não foram efetuadas e, conforme apurou o GLOBO, não há previsão.

Na inquirição que teve início às 14h, a sigla tem presente o presidente da CPI, Tenente-Coronel Zucco (RS), conhecido pela sua fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar de ter sido removido, Donato participa como “não membro”.

Na semana passada, com o cancelamento do depoimento do ministro Rui Costa, a CPI passou por um processo de substituições. Sete deputados foram retirados e, no lugar deles, cinco representantes menos extremistas foram realocados. O Republicanos foi o único partido a deixar as cadeiras vazias.

Atualmente, a sigla negocia com o governo para que o deputado Silvio Costa Filho (PE) comande um ministério — anúncio que deve ocorrer nesta quarta-feira. De acordo com o colunista Bernardo Mello Franco, do GLOBO, o parlamentar é mais cotado para assumir as pastas de Esporte, Ciência e Tecnologia ou Portos e Aeroportos.

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A aproximação desagrada o presidente da CPI. Em entrevista, afirmou que prefere migrar para outro partido caso haja uma insistência por parte do Republicanos:

— Eu não acredito que o Republicanos vai fazer parte do governo, mas caso assim o faça, não tenho dúvidas que inúmeros colegas vão preferir migrar para outra legenda. Caso faça parte, vou entrar em contato com a legenda. Realmente não está na minha vontade estar num partido alicerceado com o governo Lula.

O Globo