Servidores falam em greve após proposta de reajuste

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Foto: Gabriela Biló-31.out.2022/Folhapress

Representantes dos servidores federais disseram-se indignados com a informação apresentada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que reservou cerca de R$ 1,5 bilhão para o reajuste salarial para 2024.

Segundo cálculos dos servidores, esse valor resultaria em recomposição inferior a 1%, em caso de decisão por um aumento linear. Em nota ao Painel, os servidores afirmam que decidiram convocar uma plenária nacional para “discutir um calendário de mobilização, inclusive com possibilidade de greve.”

“Está na hora de irmos para as ruas pressionar, cobrar parlamentares e denunciar à sociedade em geral. Se preciso for, iremos construir a greve geral do funcionalismo público federal e resgatar a dignidade”, afirma o texto dos representantes das centrais sindicais (CSB, CUT, CTB, Força Sindical) na Mesa de Negociação Permanente com o governo federal.

Eles afirmam que o valor é “insuficiente para suprir a demanda de recomposição salarial necessária para cobrir as perdas inflacionárias enfrentadas pelo funcionalismo público” na última década e que é imperativo “que os reajustes recomponham os salários, para que o serviço público seja atrativo” para os trabalhadores.

A proposta do governo federal foi apresentada na terça-feira (29), na Mesa Nacional. Durante o encontro, o secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, José Lopez Feijóo, disse que o governo vai trabalhar “para ampliar os recursos disponíveis” e que se houver o aumento de arrecadação esperado pelo governo para o segundo semestre, haverá mais espaço para reajuste no que vem.

Em encontro anterior, em 10 de agosto, o secretário destacou que o atual governo já deu reajuste de 9% e de R$ 200 no auxílio-alimentação.

O governo informou que o reajuste atual alcança mais de 1 milhão de beneficiários, sendo 533 mil servidores civis ativos e empregados públicos, além de 450 mil aposentados e 167 mil pensionistas. O custo é de R$ 9,6 bilhões para 2023 e de R$ 13,8 bilhões nos demais anos.

Folha