Bolsonaristas de 8/1 traíram a Pátria

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Foto: Sergio Lima/AFP

O colunista do UOL Wálter Maierovitch avaliou que os quatro primeiros réus que serão julgados hoje no STF (Supremo Tribunal Federal) pela participação nos atos golpistas do 8/1 entrarão para a História do Brasil pela porta dos fundos.

Muita gente entra para a História brasileira por atos heroicos e nobres. Outros, como traidores da pátria, aqueles que atentam contra o Estado de Direito e contra a democracia. Esse pessoal, uma vez condenado, entra para a História como traidores da pátria.
Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Em participação no UOL News, Maierovitch explicou que há um vínculo psicológico por trás do comportamento exibido pelos invasores das sedes dos Três Poderes, com a intenção de reconduzir Jair Bolsonaro à Presidência. O colunista destacou que esta ligação está bem comprovada pelas investigações.

Estamos diante de delitos coletivos, mas não é aquele tipo de multidão que ataca em efeito rebanho. Tudo isso tem um vínculo psicológico. Eles foram com o fim específico de derrubar a democracia e levar o Bolsonaro de volta. Este vínculo está bem comprovado e mostra a adesão ao plano. Com a adesão, estas condutas se tornam típicas.
Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Mônica Bergamo revelou alguns detalhes da entrevista que fez no hospital com Jair Bolsonaro. Na conversa, a colunista se surpreendeu com o tom sereno do ex-presidente ao se referir a Mauro Cid, que fechou acordo de delação premiada. Para Bergamo, a aparente calma de Bolsonaro oculta um clima de preocupação e inquietação.

Bolsonaro demonstrava tranquilidade, mas podemos ter uma leitura de que isso revela uma intranquilidade. Em situações nas quais se sente seguro, ele parte para o ataque. Era comum ele ter respostas contundentes. Aqui, percebi nele o esforço e uma tentativa de transmitir tranquilidade e muita compreensão com esse que seria o ‘traidor’.
Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo

O presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) Ubiratan Cazzeta considerou “absurda” a possibilidade de devolução de dinheiro após a anulação de todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht, conforme decisão do ministro do STF Dias Toffoli.

O grande problema dessa decisão ´q eu o uso de termos tão grandiloquentes acaba abrindo margem para essa discussão [a devolução de dinheiro]. Ela não tem esse efeito imediato porque os acordos foram válidos, há confissões e o dinheiro existe. Não espero que cheguemos a esse grau de absurdo na discussão sobre os acordos de leniência.
Ubiratan Cazzeta, presidente da ANPR

Uol