Casas do Congresso se dividem sobre reforma eleitoral
Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
A onze dias para que seja sancionada a tempo de valer para as eleições municipais do ano que vem, a reforma eleitoral e a PEC da Anista (que altera as cotas de mulheres e negros) acirraram novamente os ânimos entre Câmara e Senado.
No início do ano, a polêmica envolvendo o rito de tramitação das Medidas Provisórias (MPs), em que as duas Casas disputaram protagonismo, deixou Arthur Lira e Rodrigo Pacheco por um tempo sem se falar. Agora, o protagonismo da Câmara em ditar o rito das votações das duas casas voltou a incomodar senadores e, inclusive, ameaça a reforma eleitoral.
Pacheco tem descartado fazer uma tramitação relâmpago dos projetos eleitorais. em declaração recente, avisou que temas complexos não podem ser votados de forma “açodada” sem permitir uma análise aprofundada por parte dos senadores. Porém, os deputados têm pressa na aprovação.
Diante do calendário apertado, presidentes dos partidos têm pressionado para que as medidas sejam votadas nesta semana para seguirem à sanção de Lula até a semana que vem. O senador Davi Alcolumbre (União-AP), então, entrou em campo para tentar intermediar uma solução entre os dois presidentes.
Isso porque se não forem sancionadas até 6 de outubro, as mudanças na legislação eleitoral não poderão valer para 2024.