Comandante do Exército reafirma lealdade à Lei

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Foto: Ricardo Stuckert / PR

Em meio à revelação de que Jair Bolsonaro teria discutido com a cúpula militar um golpe para evitar a posse de Lula, o atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, saiu em defesa da força terrestre.

À coluna, o general afirmou que “o que é certo” é que o “Exército cumpriu a lei”, ao “garantir” a posse do atual presidente da República em 1º de janeiro de 2023, apesar das tentativas golpistas de Bolsonaro.

“O que é certo: o Exército cumpriu a lei, garantindo a posse ocorrida em 1º de janeiro. Isso era o dever constitucional e foi realizado através da Coordenação de Segurança de Área, realizada pelo Comandante da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada de Cristalina (GO)”, disse Paiva.

A declaração vem dias após a imprensa divulgar que, em delação premiada, Mauro Cid afirmou que Bolsonaro teria discutido uma minuta golpista em reunião com os chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica à época.

Durante a conversa, segundo o relato de Cid, o almirante Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, teria dito a Bolsonaro que suas tropas estariam à disposição para cumprir as ordens do presidente.

À coluna, Tomás Paiva afirmou que o Exército não teve acesso as declarações de Mauro Cid, que é tenente-coronel da Força, pois elas continuam em sigilo, determinado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Nossa ideia é esperar que as investigações terminem para fazer qualquer avaliação”, disse comandante, ressaltando que só será possível punir os militares envolvidos após a conclusão das investigações.

“A lei diz que, na sobreposição de ações judiciais com as ações administrativas, as judiciais prevalecem. Dessa forma temos, por lei, que esperar as manifestações da justiça que seguem seu curso”, declarou.

Metrópoles