Como está sendo o fim da carreira de Dallagnol

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Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Tchau, querido! Deltan Dallagnol desistiu de recorrer ao STF para reaver a vaga de deputado federal. “Eu sei que a justiça não vence no Supremo”, lamentou em suas redes sociais. Quanto mi mi mi. A atuação dele como deputado só serviu mesmo para mostrar o quão raso e fanático ele sempre foi. Dallagnol é praticamente um tio do zap que virou procurador. Quando era da justiça, nenhum político prestava. Agora que é político, nenhum juiz presta.

Quem diria que o herói da Operação Lava-Jato viraria um meme, uma caricatura, um sujeito que só é levado a serio por quem é uma piada pronta. Extremistas da direita, militantes antiLula, cloroquiners, viúvas da ditadura. Resta a Dallagnol seguir com o abraço fake desses bolsonaristas raiz ou enrustidos que usam e abusam dele, uma hora batem, noutra assopram. E ele ali, na sombra dessa gente aloprada e unida pelo ódio político, a base do levante fascistóide que tomou o Brasil nos últimos anos e perseguiu até professor em sala de aula.

O futuro de Dallagnol é tentar se livrar de multas e condenações na Justiça por ter sido parcial e ter feito um mau uso do dinheiro publico torrando grana em hotéis e viagens desnecessárias enquanto conduzia a Lava-Jato. Vai ter mais pedidos de pix, é provável. E mais chiadeira sobre a justiça que só prestava quando concordava com ele. Isso também vale para a imprensa, só prestava quando se comportava como porta-voz do lavajatismo.

Dallagnol sonha em retornar retumbante ao Congresso Nacional numa próxima eleição. Quem sabe pelo partido Novo que está de portas e cofres abertos para ele e Sérgio Moro. Se o casal Bolsonaro serve de garoto propaganda para o PL de Valdemar, então que a dupla atrapalhada Moro e Dallagnol sirva de vitrine do partido Novo. Eles fazem o tipo do governador mineiro Romeu Zema, estrela ascendente de um partido que nasceu decadente. Hoje, Moro encontra-se no União Brasil e Dallagnol no Podemos.

Cassado em maio pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa por sair do Ministério Público Federal enquanto respondia processos que poderiam levar a sua demissão, Dallagnol deixa um legado de injustiça, reacionarismo, quebradeira de empresas e ódio político.

Metrópoles