Governo investigará Moro e Lava Jato após CNJ concluir inquérito

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Foto: Pedro França/Agência Senado

A Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu colocar o pé no freio na criação da força-tarefa que investigará Sergio Moro e os procuradores da Lava-Jato.

O ministro Jorge Messias avalia que o órgão deve aguardar as conclusões do grupo de trabalho que será montado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o Ministério da Justiça para analisar as condutas dos agentes públicos que conduziram a operação, além das apurações da Polícia Federal.

Nesta segunda-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que enviou o relatório do corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, sobre as movimentações financeiras da Lava-Jato, para a corporação apurar se houve irregularidades.

“O Corregedor sugere a constituição de um grupo de trabalho para aprofundar análises e adotar medidas preventivas, inclusive sobre cooperação jurídica internacional. Além de concordar com tal proposta, enviarei o relatório da Corregedoria Nacional para análise da Polícia Federal, no tocante a possíveis crimes perpetrados acercar da destinação dos recursos financeiros manuseados pela ‘Lava Jato’”, disse Dino nas redes sociais.

A avaliação da AGU é que, como o órgão atua nas esferas administrativa e cível, o melhor é aguardar a conclusão de outras frentes de investigação que vão apurar responsabilidades de Moro e dos procuradores de Curitiba na área criminal.

O plano da pasta é ingressar com ações contra antigos membros da Lava-Jato, caso a União tenha que pagar indenizações devido à atuação ilegal de envolvidos na operação.

Há duas semanas, a AGU havia anunciado a criação de uma força-tarefa para investigar Moro e os procuradores de Curitiba com base na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli.

O magistrado anulou as provas obtidas com o acordo de leniência da Odebrecht e determinou que a Procuradoria-Geral da República e outros órgãos identifiquem “eventuais agentes públicos que atuaram e praticaram os atos relacionados” ao acordo e “adotem as medidas necessárias para apurar responsabilidades, não apenas na seara funcional, como também nas esferas administrativa, cível e criminal”.

O Globo