Instituto que mais acertou em 2022 vê Lula Lula crescendo
Pesquisa da consultoria Atlas sobre avaliação do governo Lula mostra aprovação ao desempenho do presidente ligeiramente superior à desaprovação (51,5% a 46%) e, um ano depois, sugere persistência do clima de polarização que marcou a campanha eleitoral de 2022.
No capítulo sobre avaliação do governo, o equilíbrio de mantém. A gestão é vista como ótima ou boa para 44,1%, ruim ou péssima para 41,5%. Outros 13,1% a classificam como regular. Na série temporal desde a posse, em janeiro, a taxa dos que enxergam a gestão como ótima ou boa varia pouco e está sempre de dois a quatro pontos acima da taxa ruim ou péssima. Um empate técnico constante, já que a margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.
Outros indícios da manutenção da polarização aparecem no capítulo sobre a imagem das personalidades políticas. A divisão mais acirrada é justamente em relação a Lula: 51% de imagem positiva ante 47% de imagem negativa. Em relação ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o equilíbrio é ainda maior: 46% de imagem positiva contra 46% negativa.
A Atlas coletou 3.038 respostas entre os dias 20 e 25 de setembro via internet. Por meio de anúncio publicitário, a consultoria dispara milhares de convites aleatoriamente para internautas da área a ser investigada. Ao clicar no convite, o eleitor é direcionado ao questionário do estudo. Dispositivos de segurança impedem que o respondente repasse a pesquisa a outras pessoas ou preencha mais de um questionário. As respostas são coletadas até que haja quantidade suficiente que se enquadre no perfil da amostra desenhada pela consultoria.
Conforme a pesquisa, 46% dos eleitores afirmam ter uma imagem positiva dele, 51% têm imagem negativa. A consultoria também investigou as imagens do Supremo Tribunal Federal (STF) e de cada um de seus 11 ministros. A Corte é mais mal vista do que bem vista: 47,7% dizem não confiar no tribunal ante 44,5% que afirmam confiar.
O ministro Alexandre de Moraes é o campeão em imagem positiva (47%), mas um contingente ligeiramente superior anota imagem negativa em relação a ele (48%). Numericamente, os líderes em imagem negativa no STF são Gilmar Mendes (51%) e Dias Toffoli (49%).
Valor Econômico