Justiça militar tentará impedir que se faça Justiça

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Lula Marques/Ag. Brasil

Um dos depoimentos da delação de Mauro Cid, ex-faz-tudo de Jair Bolsonaro e tenente-coronel do Exército, envolve nomes da antiga cúpula das Forças Armadas no enredo em que se tramou sobre a possibilidade de uma intervenção militar.

Esses novos personagens, assim como Cid, podem vir a perder a patente por ato indigno à carreira após um julgamento no STM, que ocorre somente depois de o caso ter transitado em julgado no STF e se tiverem condenação superior a dois anos na justiça comum.

Acontece que o STM não analisa o crime cometido, mas toda a carreira do militar. Assim, é possível que, mesmo após condenado no STF, oficiais não percam a patente.

Mas a decisão no STM (que tem 15 ministros, 4 do Exército, 3 da Aeronáutica, 3 da Marinha e 5 civis) não é para já.

Por ora, Joseli Camelo, presidente da Corte, defende que o país siga em frente:

— Temos de fazer o julgamento e promover a Justiça. Quem realmente cometeu um crime, se comprovado, deverá ser condenado. Mas a vida continua e temos que procurar pacificar esse país e virar essa página.

O Globo