Outro assessor delatou Bolsonaro antes de Cid
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de Max Guilherme Machado de Moura, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (7/9). As informações são da defesa do militar.
O ex-assessor de Bolsonaro deverá cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, permanecer em Brasília, entregar o seu passaporte e não manter contato com nenhum dos outros investigados. Max Guilherme está preso desde maio deste ano por suposto envolvimento na inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde.
Max Guilherme está preso no 19º Batalhão de Polícia Militar, em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal. A reportagem entrou em contato com a unidade, mas não houve confirmação da saída do suspeito.
Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa de Max Guilherme de liberdade provisória.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também está preso desde maio por suposta falsificação em comprovantes de vacinação contra a Covid-19.
Max Guilherme Machado de Moura é ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) e ex-integrante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do estado fluminense. Ele é apontado como um dos assessores mais próximos e leais de Bolsonaro.
O ex-PM foi auxiliar do ex-presidente durante todo o seu governo e permaneceu entre os oito assessores aos quais o Bolsonaro tem direito de manter.
Durante o mandato de Bolsonaro, Max Guilherme está no centro de algumas polêmicas. O ex-assessor costumava usar as suas redes sociais para fazer ataques contra o Supremo Tribunal Federal. Em 2021, o ex-PM chegou a compartilhar um vídeo em que criticava a relação entre Brasil e China.