Sucessão no TCU barra Dantas no STF
Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
A sucessão no comando do Tribunal de Contas da União (TCU) passou a influenciar na escolha do presidente Lula para a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em conversas recentes, Lula foi alertado por auxiliares que a eventual indicação ao STF do atual presidente do TCU, Bruno Dantas, pode alçar um “bolsonarista” ao comando da Corte de Contas em 2026, ano eleitoral.
Se Dantas deixar o TCU este ano, assumirá como presidente do tribunal o atual vice-presidente, ministro Vital do Rêgo, simpático a Lula. Vital poderia tentar reeleição uma única vez, ficando no cargo até 2025.
O próximo da fila para assumir o comando da Corte de Contas em 2026 é o ministro Jorge Oliveira, indicado para o TCU pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi ministro no governo.
Aliados de Dantas minimizam o fato. Dizem que, embora tenha sido indicado por Bolsonaro, tem o perfil “moderado” e estaria surpreendendo positivamente auxiliares de Lula.
Os aliados do atual chefe do TCU lembram ainda que o presidente da Corte de Contas nem vota, nem tem grande poder sobre a pauta de julgamentos, esta última construída pelos relatores dos processos.
Além de Dantas, os principais cotados para a vaga de Rosa Weber no Supremo os ministros da Justiça, Flávio Dino, e o da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias.