Lula começa a entregar sua segurança à PF

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A Casa Civil e o Ministério da Gestão e Inovação se aproximam de um acordo para autorizar a criação da Diretoria de Segurança Presidencial e Proteção à Pessoa na Polícia Federal (PF). A estrutura é uma demanda da cúpula da corporação desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devolveu ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a competência pela sua proteção pessoal. Hoje, a PF atua na segurança presidencial se requisitada.

A criação da Diretoria, na prática, não muda a coordenação do serviço, no entanto aumenta a estrutura da atual coordenação de Proteção Pessoal, que é vinculada à Diretoria Administrativa da PF. A aposta entre os policiais federais é de que melhora a estrutura gestão e governança, além de garantir norma regulando especificamente a atividade.

A mudança de status abre espaço para a nova área ter dotação orçamentária própria e não precise remanejar recursos de outros setores da Polícia Federal, como é feito hoje e tem sido alvo de crítica dos agentes, conforme mostrou o Estadão.

As negociações sobre a criação da área avança no momento em que policiais federais pressionam a cúpula da Corporação, o Ministério da Gestão e o Ministério da Justiça para que haja uma reestruturação de cargos e salários. Como mostrou a Coluna, entidades de classe da PF lançaram nota pública cobrando o avanço das tratativas com o governo Lula até o dia 26 deste mês. Caso contrário, os agentes prometem iniciar mobilizações públicas para emparedar o governo.

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Atualmente, a segurança de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin está sob responsabilidade dos militares do GSI com participação dos policiais federais que forem requisitados e isso já foi alvo de atrito com as Forças Armadas. Os integrantes da PF esperavam ficar com o comando da segurança presidencial porque, nos seis primeiros meses do governo, Lula deixou a atividade a cargo da agora extinta Secretaria de Segurança Presidencial.

Mesmo após a devolução do trabalho ao GSI, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, exigiu que a sua segurança continuasse sob responsabilidade da PF por não gostar da presença dos militares.

Estadão