Lula critica reação exagerada de Israel ao Hamas

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o ataque do grupo Hamas contra Israel, ação que classificou como “terrorista”, não justifica o país “matar milhões de inocentes”. O petista citou que a Organização das Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior no conflito, “mas não querem”.

“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade”, disse no “Conversa com o Presidente” transmissão semanal ao vivo nas redes sociais produzida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta terça-feira, 24.

“Se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem, as pessoas querem guerra.”

“É preciso que a gente consiga que, no Oriente Médio, Israel fique com o território que é seu, que está demarcado pela ONU, e os palestinos tenham direito a ter sua terra”, afirmou Lula. “É simples assim, e não precisa ninguém ficar invadindo a terra de ninguém.”

Lula disse estar “cansado” de fazer telefonemas com chefes de Estado para tratar sobre o conflito, mas que continuará fazendo pela paz. “Eu conversei com todo mundo, ainda falta conversar com Xi Jinping (presidente da China), com o presidente da África do Sul e com o presidente do Catar – que segundo dizem, tem relação com o Hamas, com o Hezbollah”, acrescentou o presidente. O petista disse que seu papel é “tentar criar as condições para que a gente possa voltar a sentar numa mesa de negociação”.

Essa foi a primeira live do presidente depois de ser submetido a duas cirurgias, no quadril e nas pálpebras, em 29 de setembro. Ele afirmou que está conseguindo andar “totalmente à vontade” e, diante da recuperação, disse que planeja viajar a alguns Estados antes de ir à COP 28, no final de novembro, nos Emirados Árabes.

Estadão