Torres não explica sumiço de telefone

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O ex-ministro da Justiça Anderson Torres passou a dar sua versão sobre o conteúdo que investigadores encontrarão no seu telefone.

O ex-ministro e ex-secretário de Justiça e Segurança do Distrito Federal afirma que tem trocas de mensagens nas quais ele mostraria contrariedade pelo então presidente Jair Bolsonaro admitir a derrota para Lula.

Torres ficou quatro meses preso e usa tornozeleira eletrônica, por ser alvo de investigações que o acusam de omissão e conivência com as invasões do 8 de janeiro, em Brasília.

Torres garante também que seu telefone tem trocas de mensagens que mostrariam que ele não tinha alinhamento com an ala do governo que defendia um golpe de estado.

Recados nesta linha foram levado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no mês passado. Ex-integrantes do governo Bolsonaro relataram ao magistrado que tiveram conversas com Torres, nas quais o então ministro da Justiça não teria mostrado apoio a um golpe. Esses ex-membros do governo ainda apontaram para Moraes nomes de outros colegas de Esplanada que estimularam uma ruptura democrática.

Antes de entregar as senhas que dão acesso à nuvem contendo dados de seus telefones e e-mail, Torres debateu com a defesa o potencial desses material encrenca-ló ainda mais com a Justiça.

A conclusão foi que há materiais que vão desgasta-lo, como memes, pedidos de terror golpista e críticas contra o próprio Moraes recebidos pelo ex-ministro. A avaliação, no entanto, foi a de que também haveria conversas que poderiam ajudá-lo a enfrentar as acusações que encara na Justiça e que o melhor seria fornecer as informações para mostrar “espírito de colaboração”.

A dúvida que permanece no ar é por que Torres veio dos Estados Unidos sem o seu telefone, sob o argumento de que “perdeu” o aparelho, já que haveria mensagens que poderiam favorecê-lo.

O Globo