É hora de dizimar a extrema-direita

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É hora de dizimar a extrema-direita

 

Eduardo Guimarães

 

O que significa o uso do verbo “dizimar” na frase que encima este texto? Significa desmoralizar completa e inapelavelmente a extrema-direita. É hora, pois, de extinguir essa ideologia que tanto mal já fez à humanidade. E, atenção, enquanto é tempo.

E não me venham dizer que o comunismo já fez tanto mal quanto o nazismo ou que a extrema-direita do Brasil e de toda parte do mundo não é nazista porque o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, que deu origem ao Partido Nazista, tinha socialismo no nome.

Em primeiro lugar, o comunismo não fez mal algum, pois, à diferença do nazismo, não prega extinção de etnias – entre outros horrores da ideologia nazifascista. Se algum mal foi feito pela União Soviética, por exemplo, não foi o comunismo que fez, mas o uso que dele foi feito.

Segundo o Papa Francismo bem disse em 2016, “são os comunistas os que pensam como os cristãos”. O Papa disse isso ao responder sobre se gostaria de uma sociedade de inspiração marxista, em entrevista publicada no jornal italiano “La Repubblica”. Afinal, quem mais pregava a igualdade entre os homens além de Cristo se não a ideologia marxista?

Já o nazismo prega segregação racial, extinção de etnias, expansionismo, autoritarismo, violência, ódio. O nazismo, pois, prega o mal, enquanto que o comunismo prega o bem — se não for aplicado, é porque aquele comunismo não foi adotado como deveria ser.

Já sobre o nazismo ser de esquerda porque o partido que o originou tinha o termo “socialista” no nome, é burrice ou patifaria — ou a somatória de ambas. Aquele partido que pariu a besta-fera do nazismo surgiu a partir do nacionalismo alemão combinado à cultura paramilitar racista e populista dos Freikorps, que lutaram contra os levantes comunistas na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial. O partido foi criado como um meio de chamar os trabalhadores para longe do comunismo e reaquecer seu nacionalismo völkisch.

O nazismo elegeu dois inimigos vicerais e primordiais aos quais deveria ser dedicada a extinção. O primeiro a ser dizimado seria o comunismo e o segundo o judaismo. Hitler odiava tanto a esquerda que declarou guerra à Rússia comunista. A Sturmabteilung, mais conhecida por SA, os famigerados camisas-pardas, espancavam comunistas e judeus nas ruas, nos cabarés e até dentro de seus comércios e de suas casas.

O Partido Nazista é conhecido por 100% dos historiadores sérios e até pelo Estado Alemão como sendo de extrema-direita. E é dela que trataremos agora.
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Em primeiro lugar, deixem-me esclarecer que minha ambição ultrapassa as fronteiras verde-amarelas desta Nação; prego a extinção da extrema-direita em escala mundial. Porém, quando uso os verbos dizimar, extinguir e congêneres, não prego prisões por ideologia ou até mesmo violência; prego desmoralização em um nível que faça as pessoas sentirem vergonha de se verem associadas ao extremismo de direita, que alguns desses extremistas tentam qualificar, meramente, como “direita” ou “conservadorismo”.

Agora vem a parte mais agradável, por assim dizer. E essa parte aprazível do meu plano reside no fato de que as condições para dizimar, exinguir, arrasar, esmagar, trucidar, enfim, foder (conceitualmente) a extrema-direita estão postas.

Porque a extrema-direita é muito ruim. Não se aguenta no poder. Ela se desmoraliza sozinha. Contudo, como tem o péssimo hábito de, uma vez desmoralizada e rejeitada para governar, manter-se no Poder pela força, não dá para esperar que aconteça o que aconteceu, por exemplo, no Brasil com Jair Bolsonaro. E o que aconteceu? Pela primeira vez um presidente brasileiro do pós-redemocratização não se reelegeu.

Porque a extrema-direita é muito ruim. Repito.

As condições para acabar de vez com o extremismo de direita está posto na Europa, nas Américas e recomeçaram a ganhar força. E o presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tem uma grande chance de fazer a sua parte — com uma ajudinha da PF, da PGR e do STF.

Bolsonaro está sendo miniaturizado ao seu tamanho real, o de um verme. E é preciso que a extinção política de Bolsonaro se faça acompanhar da de seus asseclas e comparsas. Todos devem ser expostos de uma força que faça seus descendentes quererem mudar de nome — quem gostaria de usar o nome de família de Adolf Hitler?

As forças democráticas de esquerda, de centro-esquerda e de centro-direita devem se unir para acabar com esse flagelo que é o nazifascismo, o qual, após 100 anos de seu surgimento, segue tão vivo e forte. Para isso, é preciso que escanteiem a vaidade e a ambição e pensem no futuro da humanidade.

Esta é a nossa grande chance — do mundo. É agora ou nunca. Se perdermos esta chance, muito provavelmente não teremos outra antes de que a burrice proverbial das maiorias se faça sentir de novo, como fez no inacreditável ano de 2018, que teima em não acabar.