Bolsonaristas anunciam morte de Villas Boas, hospital nega
Aos 67 anos, o General Eduardo Villas Boas, que durante os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer foi Comandante do Exército Brasileiro, está internado no hospital Sirio Libânes de Brasília e em grupos de whatsapp de bolsonaristas alguns membros já afirmam que ele pode ter morrido. O deputado federal Daniel Silveira (PSL_RJ) postou no Twitter lamentando a sua morte: “Hoje perdemos um herói nacional.” O hospital Sírio Libanês divulgou boletim médico às 10h24 informando que ele fez uma traquiostomia nesta noite, mas que seu quadro é estável desde então.
Quando ainda estava à frente do Exército, Villas Boas foi acometido de uma disfunção degenerativa no neurônio motor, a Esclerose Lateral Amiotrórica, e há algum tempo respirava por aparelhos e não conseguia caminhar.
Personagem polêmico
Considerado nacionalista e democrata por muitos quadros progressistas, Villas Boas se comportou como um golpita na véspera do julgamento do Habeas Corpus de Lula pelo Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o general protagonizou um episódio de chantagem ao STF.
Em sua conta no Twitter, escreveu: “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”
Logo depois, fez um pronunciamento político. “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.
Esses seus tweets acabaram tendo grande destaque no Jornal Nacional e tratados como um alerta aos ministros do Supremo.
O ministro Celso de Mello foi duro na defesa do seu voto ao criticar a postagem de Villas Boas, mas o habeas corpus de Lula foi derrotado por 6 a 5 e depois o próprio general, que apoiou Bolsonaro para a presidência da República, tratou deste momento e disse que poderia haver uma intervenção do Exército se a decisão fosse contrária aos seus interesses. “Temos a preocupação com a estabilidade, porque o agravamento da situação depois cai no nosso colo. É melhor prevenir do que remediar”, disse. “É melhor prevenir do que remediar”, resumiu num evento.