STJ puxa tapete dos 3 patetas do TRF4
Pela primeira vez, um tribunal ordinário julgará uma magistrada por ter impedido o mais popular de todos os ex-presidentes da República de se defender. Mas quem irá julgá-la é pior do que ela. Por isso o STJ puxou o tapete do TRF4
Em novembro do ano passado, a juíza Gabriela Hardt assumiu o processo do sítio de Atibaia contra o ex-presidente Lula. Ela fora designada para terminar o serviço contra o ex-presidente que Sergio Moro não pôde terminar porque foi premiado por Bolsonaro com o cargo de ministro da Justiça.
— HARDT
Duas semanas após ser designada para conduzir o processo do sítio de Atibaia, a juíza em questão intimou o ex-presidente para depor e tratou de dar um showzinho quando Lula, indignado com a farsa, exigiu respostas sobre o que estavam fazendo com ele
Gabriela Hardt mostrou, ali, sua falta de profissionalismo. A horda que chegava ao poder tratou de tripudiar em cima da vítima do arbítrio. A mulher de Bolsonaro chegou a vestir camiseta com a frase de efeito da tal juíza estampada
Essa senhora estava conduzindo uma farsa. Plagiou a sentença de Moro a Lula no caso do tríplex cometendo erros grosseiros. Erros que ela até admitiu, tais como frases idênticas às da redação de Moro, além de reproduzir o trecho “deverão ser descontados os valores confiscados relativamente ao apartamento” quando a decisão tratava de um sítio, e condenar o ex-presidente por crime de corrupção ativa, quando, na verdade, o crime que ele teria cometido seria corrupção passiva.
Mas o principal erro de Hardt seria cercear o direito de defesa de Lula. No final de novembro do ano passado, ela definiu 7 de janeiro deste ano como data final para os delatores de Lula e para o ex-presidente fazerem suas alegações finais sobre o caso. Lula pediu para falar por último para rebater os delatores, ela não deixou.
Todos esses erros dessa juíza arrogante, mais a suspeição dela, de Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato foram alvo de um pedido de habeas-corpus da defesa de Lula que deveria ser julgado pelo TRF4 em 30 de outubro de 2019.
Porém, o Tribunal decidiu fazer uma malandragem e julgar, somente, a parte da sentença de Hardt que interessa à parcialidade daquele mesmo Tribunal, que pretendia condenar Lula sem nem mesmo analisar seu processo, pois o relatório foi feito por um desembargador amigo de Moro em tempo recorde, insuficiente para analisar o caso.
O problema é que quem irá julgar o trabalho dessa juíza é bem pior do que ela. O TRF4 queria condenar Lula com base na condenação dela dedicando tempo ao estudo do processo que foi gasto para julgar um reles caso de contrabando. Cerca de dois meses.
É por isso que o STF puxou o tapete do TRF4 e da teleguiada de Moro
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