RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Bolsonaro compra moto e diz que foi com “poupança”

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Manhã do sábado (02/11/2019) de Finados do presidente Jair Bolsonaro (PSL) cumpriu um enredo fora do tradicional. Ele foi buscar uma moto que comprou em uma concessionária no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), em Brasília. “É um prazer indescritível pilotar uma moto“, avaliou.

Em conversa com a imprensa, o dono da concessionária, Christian Montalvão, disse que abriu a loja especialmente para receber o presidente. Ele ainda disse que o governo Bolsonaro deu um “novo horizonte” aos negócios.

“Há quatro anos a nossa empresa tinha diminuído pela metade. Com o novo governo, a gente está contratando, abrindo loja”, afirmou, dizendo que deu desconto de “mais de 10%” para Bolsonaro.

“A gente ficou muito honrado, foi uma venda dificílima, muito desconto, muita briga por preço, um negócio assim que deu gosto de ver. Brigou mais do que qualquer pessoa por um preço menor e a gente fez com a maior alegria. Abriria a loja 100 vezes para receber o nosso presidente, abriríamos no Natal, no Réveillon”, prosseguiu.

Bolsonaro não comentou o valor da moto e disse apenas que daria o extrato do cartão aos repórteres. “Estou com um bom dinheiro na poupança, uns R$ 400 mil, eu estou rico”, brincou, ao ser questionado se pagou à vista. “Eu buscaria semana que vem, mas ele resolveu entregar agora”, contou sobre a compra.

Bolsonaro também disse que comprou o veículo mesmo sabendo que poderia ser impedido de pilotá-lo por questões de segurança. “Resolvi comprar, não sei se no futuro eu vou poder usar a moto, aí fora, que o risco é muito grande, não como piloto normal, mas também de gente que não gosta da gente”, explicou.

Perguntado se fez a compra no cartão corporativo da Presidência, Bolsonaro riu e declarou: “Sabe quanto eu gastei com o meu cartão corporativo? Zero, gastei nada. Outros gastavam bastante coisa, até umas coisas bastante esquisitas. O meu consumo é zero.”

“Agora o outro cartão, é almoço, janta e alimentação para uma companhia de soldados que está lá na segurança. A despesa de alimentação minha é três vezes menor do que os antecessores, porque afinal de contas, como militar, sou sempre acostumado com essa vida mais regrada. Minha esposa também, aqui de Ceilândia. Procuramos gastar o mínimo possível para dar exemplo. Eu posso sacar R$ 25 mil por mês sem prestar conta de nada e gastei zero até agora”, concluiu.

Metrópoles