Advogado de Lula confia na suspeição de Moro
O Advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, em entrevista ao UOL, disse que:
“O habeas corpus [de Lula} foi impetrado em novembro de 2018, começou a ser julgado em dezembro de 2018 e o julgamento foi retomado em junho de 2019. Agora, com este tempo todo, com os fatos novos, houve um reforço de tudo aquilo que já tínhamos falado e confirmado.
Existe um amadurecimento natural para que esse habeas corpus possa ter seu julgamento concluído pela Suprema Corte. Acredito que isso vá acontecer num futuro próximo (…)
Eu vi declarações públicas de que existe uma expectativa de que o habeas corpus seja julgado ainda neste mês de novembro. Eu tenho a expectativa que ele seja julgado com a prioridade que o caso requer até porque estamos falando de uma pessoa presa há mais de 570 dias indevidamente
Por força expressa da lei, uma vez reconhecida a suspeição do magistrado, todo o processo deve ser anulado. Embora esse habeas corpus esteja vinculado ao processo do tríplex, nós entendemos que eventual suspeição de Sergio Moro teria que ser estendida aos demais casos que ele conduziu a instrução processual.
Embora ele tenha julgado somente o caso do tríplex, no caso do sítio de Atibaia, Moro foi responsável pela instrução e a própria magistrada que proferiu sentença [Gabriela Hardt] já reconheceu um aproveitamento da decisão de seu antecessor no caso”
Na terceira ação [relacionado ao Instituto Lula], a instrução em sua maior parte foi conduzida por Moro. Assim, se houver o reconhecimento da suspeição, o resultado deve ter repercussão em todas as ações em que Moro tenha participado
Ao menos, os processos [de Lula] deveriam voltar para o momento da apreciação do recebimento ou não das denúncias apresentadas pelo Ministério Público.
REDAÇÃO/COM INFORMAÇÕES DO UOL