Polícia apreende sistema de portaria do CONDOMÍNIO DE BOLSONARO
Policiais da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) fizeram, na manhã desta quinta-feira (7), uma operação para apreender o sistema de gravação da portaria do condomínio onde mora Ronnie Lessa, um dos acusados pela morte da vereadora Marielle Franco.
No local também reside a família do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
A polícia vai analisar e tentar identificar todas as pessoas que chegaram à portaria do condomínio no dia 14 de março de 2018, data da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Os peritos vão tentar ainda identificar as vozes dos porteiros que trabalharam naquele dia, além de analisar os áudios gravados pelo sistema de comunicação da portaria com as residências.
Os policiais querem confirmar ainda se Élcio de Queiroz, outro acusado pela morte da vereadora, chegou ao local nesta data e para qual casa ele interfonou.
Em depoimento, um porteiro disse que ele disse que ia para a casa 58, a de Bolsonaro, e que o “Seu Jair” liberou a entrada pelo interfone. Bolsonaro, na época deputado federal, estava em Brasília no dia e marcou presença em duas votações na Câmara.
Segundo o Ministério Público, um áudio contradiz essa versão. As promotoras afirmaram que uma gravação no sistema mostra que um porteiro ligou para Ronnie Lessa, na casa 65/66, e que foi ele que liberou Élcio de Queiroz a entrar, e não Bolsonaro.
A Polícia Federal abriu inquérito, a pedido do Ministério Público Federal, para apurar se o porteiro mentiu em depoimento. Será investigado se houve obstrução de Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa contra o presidente.