
Greta protesta pelos povos indígenas na COP 25

A ativista adolescente Greta Thunberg chamou atenção para as lutas dos povos indígenas do mundo contra a mudança climática nesta segunda-feira (9). Ela compareceu a uma cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU), que organiza a COP 25, ao lado de outros ativistas jovens furiosos com a incapacidade dos países desenvolvidos para lidar com a crise.
Comunidades indígenas que vão dos Estados Unidos à América do Sul e Austrália vêm realizando campanhas cada vez mais enfáticas contra novos projetos de combustíveis fósseis nos últimos anos, encontrando uma causa em comum com os jovens ativistas europeus inspirados em Thunberg.
“Os direitos deles estão sendo violados em todo o mundo, e eles também estão entre os mais atingidos, e mais rapidamente, pela emergência climática e ambiental”, disse Greta Thunberg.
Ativistas indígenas
Os líderes de povos indígenas presentes argumentam que suas comunidades quase não contribuem com as emissões de combustíveis fósseis que fomentam a mudança climática, mas que sofrem a maior parte dos eventos climáticos extremos e da perda de vida selvagem.
Rose Whipple, do grupo santee de Dakota, nativo do estado norte-americano de Minnesota, pediu uma abordagem baseada na tradição e na tecnologia.
“A crise climática é uma crise espiritual para todo o nosso mundo. Nossas soluções precisam costurar ciência e espiritualidade e conhecimento ecológico tradicional com tecnologia”, disse Whipple.
“Enquanto países se congratulam por seus compromissos fracos, o mundo está literalmente se consumindo em chamas”, disse a ativista chilena Angela Valenzuela.
A COP 25 foi marcada para tratar da implantação do Acordo de Paris em 2015, que visa limitar o aumento das temperaturas médias a até 2 graus Celsius. O evento foi transferido para Madri por causa de protestos contra a desigualdade no Chile, que seria o anfitrião do evento depois que o Brasil desistiu de sediá-lo.
G1