Nazista de bar em MG será investigado
Um homem foi flagrado com uma suástica ( símbolo nazista ) de braçadeira enquanto estava em um bar de Unaí , na região Noroeste de Minas Gerais , no último sábado. Um cliente do “Booteco Bar e Restaurante” ligou para o 190 e policiais do 28ºBPM foram até o local para verificar a ocorrência. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra dois agentes parados próximos ao homem, mas sem o interceptarem sobre o uso da suástica no braço esquerdo.
O uso de símbolos nazistas é crime no Brasil, conforme o Art 20, § 1º, da Lei 7.716/89, alterada pela Lei 9.459/97, fala que “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo” tem pena de reclusão de um a três anos e multa.
Em nota, Polícia Militar de MG explicou que uma guarnição da polícia esteve no local, mas que no “entendimento inicial dos policiais militares, pelas circunstâncias no local, foi de que o uso da faixa não se enquadrava no verbo VEICULAR, e nem nos demais verbos do tipo legal previsto, citado anteriormente”.
A PM ainda explica que os agentes orientaram o homem a retirar a braçadeira para “evitar problemas de segurança que poderiam advir em razão da indignação de outras pessoas presentes”.
No entanto, um Boletim de Ocorrência Interno foi aberto para apurar a conduta dos dois policiais, no qual será remetido pelo Comando da Unidade para as autoridades competentes para a apuração do fato.
“Esclarece-se, também, que está sendo instaurado procedimento administrativo para apurar a conduta dos policiais militares ante ao caso, especialmente para verificar o protocolo de atendimento adotado no caso concreto”, diz a nota oficial da PM-MG.
Em nota pelo Facebook, o “Booteco Bar e Restaurante” afirmou que “não dá suporte para discriminação” e “que qualquer tipo de violência contra qualquer ser humano será por eles reprimida”. O estabelecimento explicou ainda que o ocorrido “foi resolvido da melhor forma possível, por agentes policiais (sem violência) e sob a égide da lei”.