A crise na Casa Civil e os filhos de Bolsonaro

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Foto: SERGIO LIMA / AFP

A fritura pública do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, segue um padrão contrário ao usado contra outros integrantes do primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro que perderam o cargo. Tanto Gustavo Bebianno quanto Carlos Alberto dos Santos Cruz deixaram a Secretaria-Geral e a Secretaria de Governo da Presidência depois de serem atacados por um filho do presidente Jair Bolsonaro — o vereador Carlos, que disparou uma onda de ofensas contra ambos.

Desta vez, o que precipitou a fritura foi a proximidade entre os filhos e o ex-número 2 da pasta de Onyx, Vicente Santini. Ele é amigo dos filhos do presidente e isso pesou para que Onyx o aceitasse na Casa Civil. O relacionamento também explica o ex-secretário adjunto ter sido readmitido um dia depois de sua exoneração da função de secretário adjunto da Casa Civil, por ter usado um avião da FAB em uma viagem à Índia. O deputado Eduardo Bolsonaro intercedeu pela permanência de Santini no ministério.

O amigo dos filhos só foi definitivamente posto para fora diante da reação negativa nas redes sociais. Mas não a da militância virtual bolsonarista: na quinta-feira, ela dedicou-se a pedir a prisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, como resposta aos ataques do deputado do Rio de Janeiro ao ministro da Educação, Jair Bolsonaro. Na manhã de sexta-feira, estava calada em relação a Onyx.

O Globo