Aglomerações de fim de ano produzirão “resultados” em 3 semanas

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Foto: Alex Régis/.

5 de janeiro, 14h34: Reservei passagens aéreas no início da tarde de hoje para me submeter ao segundo teste para a detecção de anticorpos possivelmente criados após eu ter recebido uma dose da vacina experimental da Janssen-Cilag em novembro. O dia em que os cientistas recolherão meu material biológico, 26 de janeiro, deve coincidir com o período que a pneumologista e pesquisadora clínica da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, classificou como “o janeiro mais triste da nossa história”. Lumiar do cientificismo em meio a tantas aglomerações e falta de respeito durante a pandemia, Dalcolmo pediu encarecidamente que não houvesse festas de Réveillon para que pudéssemos estar vivos este ano. Não foi ouvida. E agora a conta pode chegar no fim do mês.

Cálculo semelhante foi feito pela epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES): a irresponsabilidade nossa de cada dia pode resultar em uma alta significativa de mortes em três semanas. Segundo ela explicou ao blog, as festas de fim de ano apresentarão seus primeiros infectados esta semana, quando se estima que vão aparecer os sintomas daqueles que se esbaldaram. Na segunda semana, é possível que haja alta no número de internações, seja dos que frequentaram aglomerações nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, seja dos familiares que com eles convivem e acabaram contaminados pelo novo coronavírus. Na terceira semana, diz ela, é quando cresce o patamar de mortes cujo estopim foram as celebrações da virada.

Antes de cogitar qualquer drible na quarentena, pensemos sempre em três semanas (e depois em mais três e depois em outras três). O deslize que cometermos hoje pode ser a ignição para mortes dentro de pouco tempo. Por isso, não aglomerem no mar mesmo que uma autoridade pule do barco. Não passeiem pelo shopping com a máscara na orelha ainda que um vídeo os encoraje a fazê-lo. Não finjam que a pandemia acabou no ano que passou.

Veja

 

 

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