Mídia teme “poste de Lula” e Bolsonaro no 2º turno
A escola de samba Paraíso do Tuiuti está sendo atacada pela mídia antipetista por ter levado para a avenida uma narrativa fácil de o povo entender sobre o impeachment de Dilma Rousseff. Esse esforço para difamar uma simples escola de samba decorre do fato de que a centro-direita midiática está apavorada com a possibilidade de que a eleição presidencial acabe decidida em 2º turno entre o que chama de “poste de Lula” e Jair Bolsonaro.
Ao representar como fantoches os manifestantes imbecilizados que envergaram a camisa da Seleção para ajudarem o 1% bilionário de brasileiros a ferrar os 99% remediados, a escola de samba Paraíso do Tuiuti comprou uma briga feroz porque explicou ao povão, de forma simples, por que Dilma foi derrubada.
Em vez de contestar as teses da Tuiuti sobre o roubo de direitos perpetrado pela reforma trabalhista, sobre o preconceito racial e sobre a manipulação mental dos idiotas úteis que foram à avenida Paulista derrubar o governo que resguardava seus direitos, a mídia trata desqualificar a Escola de Samba falando sobre bicheiros que haveria na comunidade.
O “argumento” mais curioso dos golpistas contra a Tuiuti é o de culpar essa e outras escolas de samba por terem alguns apoiadores envolvidos com ilegalidades. Como se toda aquela gente, incluindo os carnavalescos, fosse culpada por ter gente ruim na comunidade; como se na elite só tivesse buona gente
Mas o mais engraçado é que a mídia (Globo) só se lembra de dizer que há gente ruim nas comunidades pobres quando interessa, mas não liga pra essa gente ruim na hora de fechar acordos de transmissão e exploração de publicidade dos desfiles das escolas de samba.
Hipocrisia à parte, o fato é que a tuiuti só reforçou a percepção dos golpistas do consórcio jurídico-midiático de que está em curso uma politização insuspeita da população mais humilde, que, em um país como o Brasil, é quem decide eleições.
Nesse contexto, recente pesquisa Datafolha mostrou que “no total do eleitorado, 27% dos entrevistados disseram que (…) escolheriam com certeza um candidato que tivesse o apoio do ex-presidente Lula caso ele não venha a concorrer e 17% afirmaram que talvez votassem nesse nome”.
UAU! Estamos falando de 44% do eleitorado disposto a votar em Lula no primeiro turno. Com essa votação o candidato indicado pelo ex-presidente seria eleito no primeiro turno (!!). Porém, mesmo que haja segundo turno, o que está se configurando é uma disputa final entre o primeiro colocado nas pesquisas (que é Lula ou o candidato de Lula) e Jair Bolsonaro.
O site Antagonista, ligado à Globo e à Lava Jato, manifestou recentemente seu desespero de que a eleição de 2018 termine assim.
Por essa a Lava Jato, e quem está por trás dela, não esperavam. Não adiantou montarem toda aquela farsa judicial contra Lula. Ele é hoje um eleitor tão forte que haverá uma romaria de políticos pedindo seu apoio, como mostra reportagem recente da revista Época que dá conta de que muitos políticos que romperam com Dilma e apoiaram o golpe estão voltando para Lula por estarem percebendo sua força crescer nos Estados e municípios, com o povo dando uma banana para a Farsa a Jato.
Enquanto isso, Alckmin não empolga e Luciano Huck, que é a esperança da direita de impedir que Bolsonaro dispute o 2º turno com Lula ou com seu candidato, já percebeu que, se entrar nessa fria, vai acabar desmoralizado. Mas mesmo que disputasse, não adiantaria nada. Está fraquíssimo nas pesquisas.
Uma eleição entre Lula e Bolsonaro pode ser boa para o Brasil. Permitirá que o fascismo seja exposto, que seja explicado para os brasileiros que Bolsonaro é o candidato dos ricos que querem segregar pobres em guetos empobrecidos usando violência policial, racismo, homofobia, misoginia e tudo mais que caracteriza Jair Bolsonaro.
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