Liberdade para Lula vira campanha internacional
Eis a descrição do quadro político brasileiro no terceiro mês de 2018: uma revista semanal anuncia que 350 homens, avião e tropas da Polícia Militar de São Paulo se preparam para encarcerar um homem que acaba de ser indicado para o Prêmio Nobel da Paz e que pesquisa eleitoral – divulgada no dia da reportagem da tal revista – mostra que, além de ser o político mais admirado do Brasil, é o candidato mais forte a governar o país a partir de 2019. Além disso, a pesquisa mostra que 54% dos brasileiros querem que Lula dispute a Presidência. Eis a razão pela qual surge uma campanha INTERNACIONAL pela liberdade de Lula.
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Reportagem da revista Veja da primeira semana de março de 2018 deu detalhes sobre supostos “preparativos para prender o ex-presidente Lula”. Segundo a revista, o trabalho para o “Dia D” da Lava-Jato – como tem sido chamado pela PF – envolveria “350 agentes, avião e apoio da Polícia Militar”.
Esse aparato, se existir, deriva da compreensível preocupação dos golpistas com uma possível reação de movimentos sociais, militantes petistas e simpatizantes de Lula em geral. E, a julgar pela descrição desses “preparativos”, os carrascos do ex-presidente acham que pode haver uma bela resistência.
A razão para tanto é explicável pela mais recente pesquisa eleitoral, a do instituto Vox Populi.
O levantamento do instituto Vox Populi aponta que 54% da população defende o direito de Lula se candidatar mesmo após sua condenação.
Já 48% dos entrevistados defenderam que o ex-presidente não seja preso antes do esgotamento dos recursos nas instâncias superiores. Só 28% querem que ele seja preso imediatamente.
Além disso, 56% consideram que a condenação do ex-presidente foi política. Ou seja: Lula foi alvo de uma farsa, para mais da metade dos brasileiros.
Esse processo infame contra Lula, pois, começa a gerar um caudaloso movimento internacional que, se houver a tal prisão antes do fim dos recursos à Justiça, deve crescer exponencialmente.
E tudo começa através de uma notícia com potencial de fazer os golpistas da republiqueta de Curitiba perderem o sono.
Reportagem de O Globo mostra que o Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980, Adolfo Pérez Esquivel, revelou pelo Twitter que vai indicar o ex-presidente Lula para a próxima edição do prêmio.
Pérez Esquivel explicou que decidiu indicar Lula no Comitê Nobel da Noruega porque a chegada do petista à Presidência do Brasil “marcou um antes e um depois para o Brasil” e tornou o ex-líder sindical “uma referência internacional da luta contra a pobreza” ao tirar 30 milhões de pessoas da miséria.
Esquivel junta-se a personalidades do mundo inteiro que se preparam para lançar uma grande campanha internacional pela liberdade de Lula. Recentemente, 12 deputados norte-americanos criticaram o processo farsesco contra Lula na Justiça brasileira e pediram liberdade para o ex-presidente.
A Folha de SP, por sua vez, relata que o pedido de liberdade para Lula também reúne o ativista Daniel Ellsberg, os cineastas Constantin Costa-Gavras, Oliver Stone, o ex-primeiro-ministro grego Yanis Varoufakis, o linguista Noam Chomsky, os ex-presidentes Pepe Mujica (Uruguai), Cristina Kirchner (Argentina), Ernesto Samper (Colômbia) e o ex-primeiro ministro italiano Massimo D’Alema.
Personalidades
O apoio do Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, pois, chega para somar-se a todos esses na criação do Comitê Internacional em apoio a Lula e à democracia
Reunindo personalidades e organizações de vários países, foi criado o Comitê Internacional pela liberdade de Lula, que irá promover ações exigindo perante a humanidade a liberdade – ou a libertação – do ex-presidente.
Os golpistas da republiqueta e a mídia autora dos golpes de 1964 e 2016 podem ter ainda uma dor de cabeça ainda maior. Segundo Perez Esquivel, a indicação de Lula ao Prêmio Nobel da Paz deve ser aceita.
Lula pode até não ganhar o prêmio, mas o Brasil vai se desmoralizar internacionalmente de uma forma jamais imaginada ao manter preso um indicado ao prêmio mais importante da atualidade por ter realizado uma obra humanitária como a de ter tirado 30 milhões da pobreza.
A republiqueta de Curitiba e a mídia golpista ainda não se deram conta do que vão fazer. Lula poderá eleger o novo presidente de dentro de uma masmorra golpista repudiada nos quatro cantos da Terra enquanto o Brasil vai ficar marcado como uma ditadura cruel que prende seus adversários políticos para que não possam disputar eleições.