STF responde Bolsonaro com ação contra Salles
A operação da Polícia Federal contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que quebrou seus sigilos e confiscou equipamentos, tais como celulares, computadores e documentos que se encontravam em sua residência, ocorreu no âmbito da investigação aberta contra o ministro por ter dito, em reunião ministerial do ano passado, que queria aproveitar distração da mídia na pandemia para “passar a boiada”.
Corte para as duas semanas imediatamente anteriores à operação da PF contra Salles: o presidente da República, Jair Bolsonaro, dirigiu ameaças ao STF de descumprimento de suas decisões e de alguma outra coisa mais grave que não foi citada textualmente pelo mandatário — o tal “Não ouse”
De volta ao presente, a Polícia Federal invade a residência de Salles, confisca equipamentos, documentos e demais evidências, quebra todos os sigilos dele e prepara novas medidas junto à Justiça, enquanto seu cargo, no Ministério do Meio Ambiente, fica totalmente em xeque, já que sua permanência na pasta pode ser considerada facilitação de obstrução da Justiça. E, pelo visto, tudo que aconteceu foi só o começo.
Boa resposta do Supremo às ameaças de Bolsonaro