Renan vê confissão de Bolsonaro ao anular compra da vacina

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que a suspensão da compra de vacinas da Covaxin é uma espécie de confissão de culpa do governo federal, dadas as denúncias de que o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), teria interesses na negociação. “É comprovação pública de culpa”, avaliou.

Renan fez ainda críticas ao atual ministro, Marcelo Queiroga, dizendo não ver em sua atuação nenhuma diferença do antecessor, General Eduardo Pazuello. Para Renan, apesar do perfil técnico, Queiroga tem protegido o presidente Jair Bolsonaro na investigação sobre omissões do governo federal, tal qual seu antecessor. “Queiroga tem sido espécie de Pazuello de jaleco”, provocou o relator.

Renan afirmou também que não haverá acordo para paralisar trabalhos do colegiado durante eventual recesso parlamentar. Como não há perspectiva da que a Lei de diretrizes Orçamentárias (LDO) seja votada a tempo, o recesso só ocorre de forma “informal” – o chamado recesso branco, que precisa do aval das bancadas. “Não haverá acordo para paralisação dos trabalhos da CPI”, disse.

Apesar disso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que só decidirá em agosto sobre a eventual extensão dos trabalhos da CPI por mais 90 dias. Para o relator, a situação deixa no ar falta de compromisso do presidente para que a CPI continue a apuração de ilícitos cometidos pelo governo federal, em um momento em que surgem denúncias de corrupção na compra de vacinas.

Valor Econômico

 

 

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