Haddad e Boulos mantêm campanhas a governador de SP

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Foto: Ricardo Stuckert

Candidatos de esquerda ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (Psol) já colocaram a pré-campanha na rua para ganhar espaço em 2022. Haddad e Boulos estão em ritmo eleitoral e, mesmo com a pandemia, têm feito encontros presenciais com empresários, comerciantes, sindicalistas, movimentos populares, professores e apoiadores.

Os dois pré-candidatos tentam crescer nas pesquisas de intenção de voto e ganhar força para manterem suas candidaturas quando PT e Psol negociarem uma possível união. Pesquisas de intenção de voto mostram que os dois partidos juntos aparecem na liderança, ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), também pré-candidato. Separados, perdem força e aumenta a possibilidade de serem derrotados. A esquerda nunca ganhou em São Paulo. Nos dois partidos há o temor de que não haja acordo: PT e Psol não querem abrir mão da candidatura própria e desconfiam de promessas futuras.

Haddad começou a pré-campanha na rua com uma rodada de encontros presenciais no ABC paulista, reduto eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na terça e quarta-feira. O ex-prefeito esteve em São Bernardo do Campo, Diadema e Santo André para encontros com prefeitos, sindicalistas, religiosos e empresários. O petista não se lançou oficialmente como pré-candidato, mas desde abril tem participado das caravanas virtuais “Haddad por São Paulo”, em cidades como Ribeirão Preto, Bauru, Catanduva, Campinas, São Carlos e Araraquara. Boulos lançou-se pré-candidato em abril e em junho começou a rodar o interior do Estado na “Virada Paulista”. Esteve em Campinas, Sumaré, Mogi das Cruzes e Suzano.

Apesar de a esquerda nunca ter vencido em São Paulo, PT e Psol avaliam que agora têm mais chances e citam ao menos dois motivos. O primeiro é o desgaste do PSDB, que está desde 1995 no poder. São sete gestões consecutivas. O segundo é que o eleitorado conservador, que costuma votar nos tucanos, vai se dividir ao menos entre a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), e a de Alckmin, que está de saída do PSDB rumo ao PSD.

Mas PT e Psol sabem das dificuldades que enfrentarão para ganhar o interior, conservador. Em 2018, Jair Bolsonaro venceu em 97,8% dos municípios paulistas no segundo turno contra Haddad. Em 2020, o PT perdeu espaço nas prefeituras e venceu em só quatro cidades: Araraquara, Matão, Diadema e Mauá. O Psol tem estrutura pequena no interior e só elegeu uma prefeitura, Marabá Paulista, com 5,5 mil habitantes.

O levantamento deste mês do Ipespe mostra que, com acordo em torno de Haddad, Alckmin teria 22% e o petista, 21%. Em outro cenário, com os dois candidatos da esquerda, Alckmin ficaria na liderança com 21%, Haddad, teria 14% e Boulos, 12%.

As conversas entre PT e Psol devem se intensificar neste segundo semestre, mas o acordo ainda não está no horizonte. Nos bastidores, o PT tenta convencer Boulos a apoiar Haddad e a se lançar ao Senado ou à Câmara. Em troca, teria apoio do PT em 2024, para ser candidato à Prefeitura de São Paulo. A vice de Haddad chegou a ser cogitada para Boulos, mas a proposta não avançou.

O Psol não aceita as ofertas. Diz que até 2024 o cenário deve mudar e nada garante o apoio do PT. O partido argumenta que estará na aliança de Lula na disputa presidencial e cobra apoio em São Paulo. O Psol quer que Boulos seja candidato para dar a ele visibilidade e aproveitar o bom resultado eleitoral que teve em 2020, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, quando ficou em segundo lugar. Mesmo que perca em 2022, poderá se fortalecer para 2024.

Valor Econômico

 

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