Barros falará à CPI no início de agosto

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Foto: Wilson Dias

Com o objetivo de avançar nas investigações sobre supostas irregularidades no processo de compra das vacinas, a cúpula da CPI da Covid decidiu que logo depois do recesso irá ouvir o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e o sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano.

A decisão foi tomada em reunião virtual na tarde de domingo, quando o grupo avançou nas discussões sobre um calendário pensado a partir de cada uma das linhas de investigação da comissão parlamentar de inquérito. Além do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), do vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e do relator Renan Calheiros (MDB-AL), os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Otto Alencar (PSD-BA), Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Simone Tebet (MDB-MS) também participaram da videoconferência.

Depois de duas semanas de recesso, o colegiado retomará os trabalhos com depoimentos voltados a esclarecer suspeitas envolvendo as negociações de compra de imunizantes pelo governo federal, com foco na atuação da Precisa Medicamentos e da Davati Medical Supply, que se apresentaram como representantes de venda da Covaxin e da Astrazeneca, respectivamente.

Um dos alvos dessa linha de investigação é o líder do governo na Câmara. O nome de Barros entrou no radar após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmar, durante depoimento ao colegiado, que, quando relatou ao presidente Jair Bolsonaro sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina Covaxin, o chefe do Poder Executivo teria demonstrado desconfiança de que o deputado do PP teria influência no caso. Ele nega que tenha envolvimento em qualquer irregularidade.

Barros chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser ouvido antes do recesso parlamentar sob a alegação de ter seu direito de defesa cerceado pelo colegiado, mas a comissão resistiu e deixou seu depoimento para a volta dos trabalhos. Ele deve ser ouvido apenas em 12 de agosto.

Antes dele, as atenções estarão voltadas para os depoimentos de Francisco Maximiano, em 4 de agosto, e de Túlio Silveira, advogado e representante da Precisa Medicamentos, em 5 de agosto.

Ambos devem prestar esclarecimentos sobre as negociações envolvendo doses da Covaxin, fabricada pelo laboratório Bharat Biotech. Após denúncias de irregularidades, o contrato de aquisição da vacina indiana foi suspenso.

Na semana passada, a Bharat rescindiu um memorando de entendimento para vender o imunizante para a Precisa, o que fez a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspender a autorização para teste clínicos da vacina e encerrou a análise do pedido de uso emergencial da Covaxin no Brasil.

A retomada dos trabalhos ocorrerá em 3 de agosto, quando a comissão receberá o reverendo Amilton Gomes de Paula, que teve o aval do governo federal para negociar 400 milhões de doses da Astrazeneca com a Davati. Durante as negociações, ele teria aproximado Luiz Paulo Dominghetti, que se apresentou como um dos representantes da Davati no país. Em depoimento à CPI, Dominghetti relatou ter recebido pedido de propina para que o negócio se concretizasse.

Os senadores também avançaram na ideia de focar em uma linha de investigação a cada semana de trabalho em agosto. Um esboço de cronograma já foi definido, mas ainda pode ser alterado. Na primeira semana, o foco estará na Precisa e na Davati; na segunda, na atuação de Barros e da empresa de logística VTCLog; a disseminação de “fake news” ligadas à pandemia e à gestão dos hospitais federais do Rio de Janeiro serão foco na terceira e na quarta semanas, respectivamente.

Valor Econômico

 

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