Rejeitado por 93%, Temer dá palpite no próximo governo
O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (30) que os pré-candidatos à Presidência devem refletir mais sobre os temas do país antes de propor “barbaridades” na campanha.
Ele deu a declaração durante encontro com empresários, em São Paulo, ao falar a respeito de propostas na campanha sobre a revisão de bandeiras de seu governo, como o teto de gastos públicos e a reforma trabalhista.
No evento, Temer disse, sem citar nomes, que leu um artigo de um pré-candidato com essas sugestões e ficou tentado a responder. Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Lula (PT) estão entre os que defendem a revogação de medidas do governo emedebista.
Ele defendeu diálogo com a sociedade e com o Congresso e afirmou: “Isso eu digo para que os nossos pré-candidatos ouçam e se conscientizem disso para não dizerem, muitas vezes, barbaridades.”
Ele também defendeu medidas de seu governo na economia e disse ter concepção “radicalmente oposta” à gestão anterior, de Dilma Rousseff. Ele fez referência à petista também ao falar que governantes que tentaram governar sem o Congresso “não foram adiante”.
“O meu maior desejo nesse momento é que não venham a cortar aquilo que já foi começado, ainda insuficiente. Nós precisamos continuar”, afirmou.
Temer criticou ainda o que chamou de radicalismo na política e disse que é preciso buscar mais consenso. Disse que nenhum eleito terá como governar sem discutir a reforma da Previdência.
“Há um radicalismo tão grande. Eu muito recentemente escrevi um artigo, que vou mandar publicar, fazendo uma recomendação aos candidatos à Presidência da República: o que nós mais precisamos é concórdia. Instituiu-se nesses últimos anos um sistema de discórdia, de ódio.”
Na semana passada, em viagem à África, o presidente reafirmou que seu partido, o MDB, terá candidato próprio, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. A convenção para oficializar a campanha dele será no próximo sábado (4).
Com informações da Folha de S. Paulo.