Imprensa estrangeira se empolga com disparada de Haddad

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No Brasil, sites financeiros fecharam o dia com o “recorde histórico” do dólar —ainda que “longe de 2002 quando se atualizam os valores pela inflação”, como destacou o UOL Economia.

Segundo o Valor, “muitos ‘trackings’ privados mostram o avanço” de Fernando Haddad, “o que eleva a apreensão dos agentes em relação à pesquisa Datafolha” que sai nesta sexta (14).

No exterior, por outro lado, a cobertura financeira começa a apresentá-lo como “moderado”, alguém que até já “se reuniu com banqueiros”, como perfilou o britânico Financial Times.

O jornal ouviu o economista Marcos Lisboa, colunista da Folha, ex-secretário de Política Econômica no governo Lula e presidente do Insper, onde Haddad era professor, e consultorias como Control Risks, segundo a qual ele deixou “histórico de conservadorismo fiscal quando foi prefeito de São Paulo”.

O problema mais citado é a resistência de seu partido, entre outras, à reforma da Previdência Social.

Na mesma linha, a Bloomberg perfilou Haddad sob o enunciado, em inglês, “Sucessor de Lula pode não ser o bicho-papão que os investidores brasileiros temem”, também enfatizando que ele manteve “orçamento equilibrado” quando prefeito e ouvindo de fundos como NCH Capital que é “um pragmático, não ideológico”.

O FT, em reportagem de página inteira, sob o enunciado “Robin Hood ao contrário: A crise do estado brasileiro”, alerta que o vencedor da eleição, quem quer que seja, “terá de enfrentar um orçamento dominado por interesses”.

A expressão do título é de Rozane Siqueira, professora de economia da Universidade Federal de Pernambuco, que mostrou em estudo que as transferências do estado têm como maior beneficiada “a alta classe média”.

No textão “Preparando para eleições” (acima), Mark Zuckerberg anunciou ter derrubado 1 bilhão de supostos perfis falsos neste ano, para combater interferência eleitoral em países como EUA e o Brasil —onde o Facebook, como sublinhou o New York Times, “é alvo de escrutínio por seu papel na eleição”.

Zuckerberg, sobre o MBL: “Nós recentemente derrubamos uma rede de contas no Brasil que estava escondendo sua identidade e espalhando desinformação antes das eleições presidenciais de outubro”.

O Instituto Reuters (Oxford) divulgou pesquisa qualitativa em quatro países, Brasil, Alemanha, Reino Unido e EUA, concluindo que “muitos aplicativos vêm se beneficiando dos problemas do Facebook”, como Instagram e Snapchat, entre os jovens.

Messenger e WhatsApp “são cada vez mais usados para compartilhar e discutir notícias, longe do debate político tóxico dos espaços públicos”, mas agora também estão “vulneráveis à desinformação que sitiou o Facebook”.

O argentino La Nación destacou extensa fotorreportagem em clube de tiro no Rio, reunindo empresários e militares em meio ao “cheiro de pólvora e um certo ar de camaradagem”.

Da FSP.