Haddad diz que projeto de inclusão do PT o ajudou a subir nas pesquisas
O candidato ao Planalto pelo PT, Fernando Haddad, não atrela o seu crescimento nas pesquisas de intenção de voto puramente ao apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ao projeto que o partido oferece.
Em entrevista ao Jornal da Globo nesta 4ª feira (19.set.2018), o petista disse que se “fosse só isso [apoio de Lula] haveria transferência para todo lugar onde ele apoia e não funciona automaticamente”.
As afirmações foram feitas após a jornalista Renata Lo Prete questionar se a indicação de Lula para Haddad ser o candidato do PT não faria do ex-prefeito de São Paulo 1 presidente fraco, uma vez que a origem do poder seria outra.
Haddad respondeu que a decisão de quem irá representar o projeto do PT é mais complexa do que apenas a indicação de Lula. “Nós temos 1 projeto, obviamente o presidente Lula é quem mais encarna esse projeto porque tem 40 anos de estrada e a confiança da população, então eu não vou negar que a liderança é dele, porque ela é mundial, mas o nosso partido é mais complexo com várias forças políticas”, afirmou Haddad.
As intenções de voto para o petista dispararam na última semana. O levantamento do Ibope divulgado nesta 3ª feira (18.set) trouxe o petista com 19% das intenções. No Datafolha, divulgado na 4ª (19.set), Haddad teve 16%. Em agosto, Haddad apresentava 4% em ambos.
Outro tema polêmico é o possível indulto que Haddad poderia assinar para o ex-presidente Lula se eleito. Quando questionado pela jornalista Lo Prete se existe essa possibilidade Haddad respondeu: “olha, eu repito o que eu disse na CBN, de que não“. A jornalista insistiu: “não haverá indulto é a sua palavra final?”. “É”, ele disse.
A especulação sobre o possível ato de Haddad ganhou força após o governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Fernando Pimentel (PT), dizer no sábado (15.set) a líderes políticos ter “certeza” de que Haddad assinaria 1 indulto para o ex-presidente Lula caso fosse eleito.
Haddad disse que irá promover uma reforma bancária no país. Segundo o candidato, ela seria uma alternativa para aumentar a concorrência entre os bancos e para tornar os juros mais baixos.
Para Haddad, os juros são os responsáveis pela falta de empregos uma vez que dificultam as empresas a honrar com seus compromissos financeiros. Uma de suas promessas é fazer com que os bancos que cobrem mais juros paguem mais impostos.
Haddad falou sobre as diferenças entres os programas de governo propostos pelo PT e pelo PDT, do candidato Ciro Gomes, para zerar a inadimplência no país.
Segundo ele, a reforma bancária é um diferencial do PT, pois ela resolve o problema dos endividados a longo prazo em vez de apenas tirar o nome das pessoas do cadastro do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), como propõe Ciro.
Haddad disse que é necessário haver a distribuição de competências das polícias e a federalização da segurança nacional, uma vez que as facções criminosas atuam por todo o país.
O candidato propôs a implementação de 1 sistema único de segurança no Brasil, que funcionaria assim como o SUS, a fim de integrar os Estados, municípios e a União.
Do Brasil 360.