TSE decide empurrar com a barriga crime eleitoral de Bolsonaro
Apesar de o TSE ter aberto tardiamente investigação contra os crimes eleitorais de Jair Bolsonaro ao usar descaradamente doações empresariais apesar de esse tipo de doação ter sido declarada ilegal em outubro do ano passado, pelo STF, por 8 votos a 3, a Corte decidiu levar o caso em banho-maria enquanto uma eleição pode ser decida à base de caixa 2.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo, a repercussão da revelação de compra de mensagens em massa no WhatsApp contra Fernando Haddad (PT) dominou conversas de ministros do TSE, corte que lida com o caso.
O entendimento majoritário –inclusive o do corregedor, Jorge Mussi, responsável pela ação recém-aberta contra Jair Bolsonaro (PSL)– foi o de que não caberia promover “diligências extravagantes”. “A eleição não pode ter o curso alterado pelas mãos da Justiça”, disse um magistrado. “Não sob o calor dos fatos”, concluiu.
Os integrantes do Tribunal Superior Eleitoral ponderaram que, a menos de dez dias do segundo turno, “não é hora de criar marola”. Mussi decidiu na noite desta sexta-feira (19) citar Bolsonaro para que ele se manifeste sobre o assunto. E só.
Para registro: o mesmo ministro que disse ser indesejável interferir no curso da eleição, afirmou que a investigação deve continuar correndo na corte. “Lá na frente, se for o caso, cassa a chapa.”