Floriano passou como trator em cima do voto de Raul Araújo
Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
O colunista do UOL Wálter Maierovitch afirmou durante o UOL News desta quinta-feira (29) que o ministro do TSE Floriano de Azevedo “passou como trator” sobre o voto do ministro Raul Araújo, que optou por não deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. Floriano votou pela inelegibilidade de Bolsonaro, deixando o julgamento em 2 a 1 contra o ex-presidente. O voto é irrespondível. Um ponto importante desse voto é que o ministro que votou anteriormente, o ministro Raul, despejou um monte de jurisprudência. O que fez o ministro Azevedo Marques no seu lúcido voto? Ele jogou uma só jurisprudência e acabou com todas as outras”. O colunista do UOL concordou com Floriano de Azevedo quando mostrou a gravidade da reunião realizada por Bolsonaro com embaixadores no ano passado.
Com relação àquilo que o ministro Raul entendia não ter havido gravidade, o ministro Azevedo Marques mostra um ponto de gravidade que sai do território nacional e mostra essa gravidade do que aconteceu perante o mundo inteiro. O Bolsonaro mostrou ou quis mostrar que o Brasil era uma república de bananas. Aí está a enorme gravidade do acontecido”. “Azevedo Marques passou como um trator por cima do voto do ministro Raul e ainda deu marcha ré para não deixar pedra sobre pedra”, finalizou.
O colunista do UOL Josias de Souza afirmou que o ministro Floriano de Azevedo apontou em seu voto a favor da inelegibilidade de Jair Bolsonaro que, ao absolver o ex-presidente, o tribunal estaria “condenando a si mesmo à desmoralização”. Ele [Floriano] mencionou duas evidências: quando multou o Bolsonaro no ano passado por mentir sobre o sistema eleitoral para os embaixadores estrangeiros, o TSE já havia concluído que aquela reunião violou a legislação eleitoral. Segundo ponto, se livrasse o Bolsonaro da pena de inelegibilidade, o TSE teria de promover uma ação rescisória em favor do deputado estadual Fernando Francischini”. Fernando Francischini teve o mandato cassado pelo TSE no ano passado por por difundir vídeos sobre fraudes nas urnas. O ministro mostrou que, para permitir que o Bolsonaro continuasse percorrendo a conjuntura política impune, o TSE teria que desfazer a si mesmo”