Rosa Weber defende Direitos Humanos em diplomação e irrita aliados de Bolsonaro

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Aliados do presidente eleito Jair Bolsonaro criticaram nesta segunda-feira o discurso da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber , em defesa dos direitos humanos,durante a diplomação de Bolsonaro. Os deputados eleitosJoice Hasselmann (PSL-SP),Carla Zambelli (PSL-SP), Beatriz Kicis (PRP-DF) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) utilizaram suas contas no Twitter.

Joice Hasselmann afirmou que Bolsonaro fez um discurso “simples, de união, e de agradecimentos”, ao contrário da presidente do TSE, que teria realizado “uma longa aula de direitos humanos fora de tom e de propósito”. Carla Zambelli destacou que a fala da ministra foi quatro vezes mais longa que a do presidente eleito, e reclamou de ela ter dado mais atenção aos direitos humanos do que à cerimônia, pedindo uma tréplica.

Beatriz Kicis considera que Rosa Weber submeteu Boslonaro a uma “aulinha de direitos humanos” em seu “longo discurso”. Luiz Philippe de Orleans e Bragança classificou o discurso apenas como “inadequado”.

Em sua fala, Rosa Weber lembrou que nesse dia se completam 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e disse que refletir sobre o tema é uma necessidade de todos.

— Em um país de tantas desigualdades como o nosso, refletir sobre a Declaração de Direitos Humanos não é mero exercício teórico, mas uma necessidade a que todos se impõe, governantes e governados — declarou.

Ela também discursou contra o pensamento único, enfatizando que a democracia deve ser palco da convivência de opostos.

— A democracia é exercício constante de diálogo e de tolerância, de respeito à diferença _ declarou, completando que não se pode “abafar grupos minoritários, muito menos tolher direitos constitucionalmente conquistados”.

Também no discurso, a ministra lembrou que neste ano se comemora os 30 anos da Constituição Federal e cobrou o cumprimento da Carta na íntegra por parte do futuro presidente da República.

— Por isso, senhor presidente eleito, de inegável relevo o compromisso de que o respeito incondicional à supremacia da Constituição Federal será o norte do governo de vossa excelência — disse a ministra.

Bolsonaro e o vice-presidente eleito Hamilton Mourão receberam nesta tarde o diploma eleitoral, documento que atesta que o vencedor da eleição cumpriu todas as exigências necessárias para tomar posse, como, por exemplo, o julgamento das contas de campanha.

Do Jornal Extra